SESSÃO DE CINEMA

SESSÃO DE CINEMA: DOURO, FAINA FLUVIAL EM CONTEXTO

DOMINGOS NA CASA DO CINEMA: MANOEL DE OLIVEIRA E O CINEMA PORTUGUÊS 1

com apresentação de António Preto, diretor da Casa do Cinema

Casa do Cinema Manoel de Oliveira
19 MAR 2023 | 18H00

Todos os filmes serão apresentados na sua língua original.

Por motivos de força maior o programa poderá ser alterado.

Os filmes Nazaré, Praia de Pescadores, Porto de Lisboa e Alfama, A Velha Lisboa são apresentados em novas cópias digitais com apoio do projeto FILMar, operacionalizado pela Cinemateca Portuguesa -
Museu do Cinema, no âmbito do programa EEAGrants 2020-2024.

Acesso

Bilhete (1 sessão): 3€

Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

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19mar Douro em contexto
Douro, Faina Fluvial (1931), Manoel de Oliveira

19 MAR | DOM | 18:00

NAZARÉ, PRAIA DE PESCADORES
José Leitão de Barros | 1929 | 16’ | mudo

DOURO, FAINA FLUVIAL
Manoel de Oliveira | 1931 (1934) | 18’ | versão com música de Luís de Freitas Branco

PORTO DE LISBOA

Paulo de Brito Aranha | 1934 | 13’

ALFAMA, A VELHA LISBOA
João de Almeida e Sá | 1930 | 32’ | mudo


Com apresentação de António Preto, diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira


Douro, Faina Fluvial, de Manoel de Oliveira, é, sem margem para grandes dúvidas, um dos melhores exemplos do cinema de vanguarda português do final dos anos 1920 e início dos 1930 e um dos poucos títulos portugueses que participou do movimento das Sinfonias Urbanas – o outro exemplo nacional é Lisboa, Crónica Anedótica (1930, José Leitão de Barros), a exibir no dia 26 de março. Nesta sessão apresenta-se uma seleção de curtas-metragens desse período que dá a ver de que forma o filme de estreia de Manoel de Oliveira não estava sozinho no seu desejo de experimentação formal e no interesse em retratar as dinâmicas da cidade e do trabalho que nela se desenvolve, sem, com isso, deixar de se destacar de muito do que era a produção da época. Partilhando com Leitão de Barros um olhar proto-etnográfico (visível em Nazaré, Praia de Pescadores e, de forma mais declarada, em Maria do Mar) e um interesse pela montagem de inspiração soviética, Douro, Faina Fluvial inspirou, possivelmente, Porto de Lisboa – resposta lisboeta (e já sonora) ao filme de Oliveira. A sessão termina com Alfama, A Velha Lisboa, filme que integrou a sessão de estreia de Douro, a 19 de setembro de 1931 no cinema São Luiz, no âmbito do V Congresso Internacional da Crítica. Além destas duas curtas, a sessão incluiu também A Severa, a primeira longa metragem de ficção sonora realizado por um português, José Leitão de Barros.


Sessão incluída no ciclo Domingos na Casa do Cinema: Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1, paralelo à exposição Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1. A Bem da Nação (1929-1969) patente na Casa do Cinema Manoel de Oliveira.

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António Preto

António Preto é diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira, Fundação de Serralves. Doutorado em Estudos Cinematográficos pela Université Paris-Diderot – Paris 7, com uma tese intitulada Manoel de Oliveira: Cinéma et littérature (2011), foi docente, entre 2012 e 2018, dos cursos de Cinema e Audiovisual da Escola Superior Artística do Porto e da Universidade Lusófona do Porto. Até 2018 desenvolveu igualmente projetos como comissário e programador independente, entre os quais o ciclo de cinema Manoel de Oliveira: O imaginário do Douro (Fundação de Serralves e Teatro Municipal de Vila Real, 2018), a retrospetiva integral Teresa Villaverde (Auditório de Serralves, 2018), o ciclo de cinema e exposição Edgar Pêra: Uma Retrospetiva (Museu de Serralves, 2016, com extensão na Galeria Municipal e Teatro Cine de Torres Vedras, em 2017). Merecem ainda destaque a coordenação editorial e consultoria de programação da retrospetiva integral Manoel de Oliveira – Grande Plano, Câmara Municipal do Porto e Fundação de Serralves, 2015, bem como o comissariado da exposição Manoel de Oliveira / José Régio – Releituras e fantasmas, Fundação de Serralves e Centro de Memória de Vila do Conde, 2009-2010. Tem participado em inúmeros colóquios e conferências internacionais centrados, sobretudo, no cinema português e em Manoel de Oliveira, além de ter colaborado regulamente, enquanto crítico, para a revista Cahiers du Cinéma.

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