Quando em Maio de 1968, na XIV Triennale di Milano, centenas de
artistas ocuparam as suas áreas durante 10 dias, um conjunto notável de
projectos é então destruído, não chegando a Triennale a abrir ao
público. A instalação ICONOCLASH de Arata Isozaki, seguramente uma das
mais importantes a destacar neste contexto, foi agora reconstituída,
podendo ser apresentada pela primeira vez. Relacionando-se com o
contexto cultural e político da época, este trabalho de Isozaki
consistia na criação de um espaço resultante da colaboração do
arquitecto com artistas como o designer Koe Siyura – um dos mais
criativos designers do Japão do pós-guerra, o fotógrafo Shomei Tomatzu
e o compositor Toshi Itchiyanagi. Esta pleiade de criadores concebeu um
projecto surpreendente, no qual surge a referência dos bombardeamentos
de Hiroshima e Nagasaki. Todo o projecto incidia sobre a possibilidade
da cidade futura implicar um conceito permanente de ruína. É este projecto mítico de Isozaki, a que o autor deu o nome de "Labirinto Eléctrico”, que se apresentará no Museu de Serralves.
Comissariado: Hans-Ulrich Obrist
Produção: Co-Produção Center for Art and Media, Castello di Rivoli e Fundação de Serralves
Itinerância: Fundação de Serralves e Castello di Rivoli