Este programa de cinema, que desvenda a rica cultura visual iraniana, em grande parte desconhecida do grande público, foi concebido em relação com a exposição "Monir Shahroudy Farmanfarmaian: Possibilidade Infinita. Desenhos e Obras com Espelhos 1974-2014".
Visa contribuir para delinear o contexto artístico do país no qual a artista desenvolveu grande parte do seu trabalho.
08 JAN 2015
FIFI AZ KHOSHHALI ZOOZE MIKESHAD [FIFI GRITA DE FELICIDADE]
França, Irão, EUA, 2013, 96’
Realização, roteiro e direção de fotografia: Mitra Farahani
Idioma: farsi
Legendado em inglês
09 JAN 2015
SIANOZE [CIANOSE]
Irão, 2007, 32’
Realização e produção: Rokhsareh Ghaemmaghami
Idioma: farsi
Legendado em inglês
The Treasure Cave [A CAVE DOS TESOUROS]
Irão, 2009, 43’
Realização e direção de fotografia: Bahman Kiarostami
Idioma: farsi
Legendado em inglês
FIFI AZ KHOSHHALI ZOOZE MIKESHAD
SIANOZE
THE TREASURE CAVE
FIFI AZ KHOSHHALI ZOOZE MIKESHAD [FIFI GRITA DE FELICIDADE]
França, Irão, EUA, 2013, 96’
Realização, roteiro e direção de fotografia: Mitra Farahani
Idioma: farsi
Legendado em inglês
Produção: Marjaneh Moghimi
Produção executiva: Fereydoun Firouz
Elenco principal: Bahman Mohasses
Montagem: Yannick Kergoat, Suzana Pedro
Música Original: Tara Kamangar
Um dos documentários mais interessantes e comoventes de 2013, Fifi Howls from Happiness introduz o intenso, carismático e combativo artista iraniano Bahman Mohasses. Celebrado no Irão pré-revolucionário, Mohasses foi esquecido da história do seu país desde 1979. Ninguém tinha ouvido falar do artista até a realizadora Mitra Farahani o descobrir, já envelhecido, num quarto de hotel, em Roma. Propenso ao egoísmo e à autodestruição, Mohasses possuía a tendência inquietante de destruir os seus próprios quadros. O filme reclama a valorização e o conhecimento deste artista, descrevendo o processo criativo do seu último trabalho.
Mitra Farahani (Teerão, 1975) licenciou-se em Design Gráfico na Universidade Azad, em Teerão em 1997 e emigrou para Paris onde trabalhou no campo da Performance e das Belas-Artes, documentando a sua prática em Tableau de bois. A partir de 2000, estudou na ENSAD em Paris. O seu primeiro documentário, a curta-metragem Juste une femme, ganhou o Teddy Award na Berlinale em 2002. Tabous ? Zohre & Manouchehr (2004) e Fifi Howls From Happiness (2013), dois documentários de longa-metragem, foram premiados na seção Panorama do Festival Internacional de Berlim. Em 2007, o seu documentário Behjat Sadr: Time Suspended retrata um dos pioneiros do expressionismo abstrato no Irão. Em 2009, foi presa pelo governo iraniano durante o seu retorno a Teerão.
SIANOZE [CIANOSE]
Irão, 2007, 32’
Realização e produção: Rokhsareh Ghaemmaghami
Idioma: farsi
Legendado em inglês
Direção de fotografia: Mohammad Behnamzade
Montagem: Mehdi Ganji
Jamshid Aminfar é o único artista que não tem medo de sair pelas ruas de Teerão para expor e vender as suas obras. É aí que ele também cria as suas pinturas inconfundíveis que evocam Keith Haring ou as imagens sombrias de Edvard Munch. Todos os dias, Aminfar tem que enfrentar a perseguição da polícia, as reações negativas da sua esposa e dos transeuntes ao seu trabalho e os seus próprios demónios, que evoca com habilidade nas suas pinturas. Estes últimos são trazidos à vida com a ajuda da cativante animação da realizadora iraniana Rokhsareh Ghaemmaghami que segue o seu herói, enquanto ele se prepara para a sua primeira exposição e vive um romance com uma jovem francesa estudante de arte.
As pinturas animadas de Aminfar falam da sua vida interior, dos seus sonhos, pesadelos e memórias. Este documentário inclui 10 minutos de sequências de animação.
Rokhsareh Ghaemmaghami (Teerão, 1976) tem uma licenciatura em Cinema e um mestrado em Animação pela Universidade de Teerão. Desenvolveu pesquisas sobre o "documentário animado” e Cyanosis é o seu trabalho para a sua tese de mestrado. Entre os seus ensaios publicados e pesquisa inclui-se o livro Animated Documentary: A New Way to Express editado em persa em 2009. Dos seus documentários destacam-se Pigeon Fanciers (2000), A Loud Solitude (2010), Born 20 Minutes Late (2010), Going up the Stairs (2011) e o documentário animado Cyanosis (2007).
THE TREASURE CAVE [A CAVE DOS TESOUROS]
Irão, 2009, 43’
Realização e direção de fotografia: Bahman Kiarostami
Idioma: farsi
Legendado em inglês
Roteiro: Sonia Kronlund
Produção: Point du Jour
Produção executiva: Christoph Jörg, Arte France
Edição: Francois Sculier
Música: Kiawasch Sahebnasagh
O Museu de Arte Contemporânea de Teerão foi considerado a instituição com a mais importante e alargada coleção de arte moderna ocidental na Ásia, incluindo obras de mestres como Picasso, Monet, Kandinsky, Miró, Warhol, para citar alguns nomes. Depois da revolução, as obras-primas foram arrumadas em cofres no armazém subterrâneo do edifício e relegadas ao abandono e à invisibilidade, fechadas por trás de portas de alta segurança. Entretanto, o edifício foi transformado num memorial em homenagem aos mártires da revolução e da guerra entre o Irão e o Iraque. The Treasure Cave reconstrói a história deste Museu.
Bahman Kiarostami (Teerão, 1978) vive e trabalha em Teerão. É realizador de documentários, editor e diretor de fotografia. Realizou o seu primeiro documentário "Morteza Momayez: Father of Iranian Contemporary Graphic Design” em 1996. Grande parte dos seus documentários centra-se nos processos de legitimação e de atribuição de valor na arte, mas também nos detalhes obscuros e despercebidos que definem a cultura visual iraniana pós-revolucionária.
A sua filmografia inclui: Kahrizak, Four Views (2013) Taxi-Tehran (2012), Javad (2011), The Treasure Cave (2010), Statues of Tehran (2008), Anonymous (2007), Re-enactment (2006), Pilgrimage (2005), Persian Gardens (2005), Two Bows (2004), Infidels (2004), Nour (2003), I Saw Shoush (2002), Tabaki (2001).