EDGAR PÊRA: UMA RETROSPETIVA - 17 DEZ 17:00
17 DEZ 2016
Sessão das 17h00:
Cinesapiens | 20 min.Reflectindo acerca da natureza mutante e disruptiva do dispositivo cinematográfico, Cinesapiens – último segmento do filme 3X3D que reuniu Edgar Pêra, Jean-Luc Godard e Peter Greenaway – evoca vários momentos da história do cinema para, através deles, pensar diferentes estádios de influência e modalidades de percepção que este foi desencadeando nas sucessivas gerações de espectadores, alargando a reflexão à evolução da relação do homem com a imagem. Neste filme, Pêra usa e abusa de um exibicionismo técnico que se traduz, por exemplo, na insistência sobre gestos em direcção à câmara/espectador, transgredido, desse modo – através do que, nesta linguagem específica, constitui uma convergência negativa (elementos situados aquém do ecrã) – os protocolos mais consensuais do cinema 3D. A infracção de tabus formais torna-se, assim, um mecanismo paradoxal que, ao mesmo tempo que acentua e tira partido das potencialidades ilusionísticas da imagem, revela os limites dos expedientes técnicos que a compõem.
A Caverna | 15 min.Ensaio para o filme O Espectador Espantado (2016), a curta-metragem A Caverna propõem um questionamento acerca da natureza das imagens e das relações que com ela estabelecem os espectadores. Invertendo a perspectiva de Cinesapiens (2013), o espaço cavernoso de A Caverna afunila-se numa convergência positiva, através de uma abissal sobreposição de elementos que reconfiguram, pela via do 3D, os clássicos modelos formais e semânticos da profundidade de campo. Por outro lado, a célebre alegoria de Platão é revisitada através de um argumento que recorda O Anjo Exterminador (1962), de Luis Buñuel, para reavaliar as fronteiras entre a imagem pensamento e a imagem imersiva, tentando reconstituir elos perdidos da instável (e imparável) cadeia de transformação que vai da imagem original à imagem técnica.
Ressurreição! Ressurreição! Ressurreição! (work in progress) | 10 min.Uma criatura que parece ter vindo de outro planeta e que depressa se apresenta como sendo a Presidente do Instituto das Ressurreições Humanas, dirige-se, a partir da tela de cinema – ela é uma imagem – a uma plateia anestesiada que não ficaria mal no filme Metrópolis (1927) de Fritz Lang. A determinada oradora, familiarizada com a estética da propaganda fascista, discorre, do alto do seu púlpito, sobre estratégias de radicalizar o aproveitamento da vida dos operários e acerca das possibilidades de ressurreição, para gáudio da assistência de mortos-vivos.
Visões Virtuais (work in progress) | 20 min.Visões Virtuais, que aqui tem a sua estreia absoluta, é um estudo documental e ficcional sobre os comportamentos dos ciber-espectadores-manipuladores perante a realidade virtual e a realidade quotidiana. O filme interroga a imersividade espectatorial, testando as potencialidades técnicas e estéticas do 3D e questionando as fronteiras entre o cinema e os videojogos. Visões Virtuais tanto pode ser visto como um epílogo ao filme que constitui a tese de doutoramento de Edgar Pêra, O Espectador Espantado, como um prólogo ao seu projecto de pós-doutoramento Fora de Órbita, abordando de forma não canónica o cinema visceral (do cinema tridimensional ao cinema virtual).
Sessão das 22h00:
O Espectador Espantado | 70 min.O Espectador Espantado interpela a natureza do dispositivo cinematográfico, a partir do ponto de vista daqueles que se sentam diante da tela branca à espera das imagens: trata-se, como o título o indica, de uma investigação acerca do acto de ver cinema e da evolução tipológica do seu visionamento. O filme parte da condição real do espectador seguindo, depois, para o domínio do seu imaginário, projectivo e mnemónico. Para isso, Edgar Pêra articula um conjunto de entrevistas a críticos, teóricos, cineastas e familiares com acções que remetem para a circunstância imaginária de ver cinema, criando assim uma obra de tese que se constitui entre o ensaio, o manifesto e o filme intimista.
Esta sessão está integrada no ciclo de cinema EDGAR PÊRA: UMA RETROSPETIVA.
CINESAPIENS, 2013 A CAVERNA, 2015 RESSURREIÇÃO! RESSURREIÇÃO! RESSURREIÇÃO! (work in progress), 2016 VISÕES VIRTUAIS (work in progress), 2016 O ESPECTADOR ESPANTADO, 2016
Argumento, realização e montagem: Edgar PêraFotografia: Luís BranquinhoEfeitos visuais: Edmundo RivottiCâmara: Jorge QuintelaSom: Pedro MarinhoMistura de som: Pedro GóisMúsica: Jorge PrendasAssistente estereoscopia: Cláudio VasquesInterpretação: Nuno Melo, Jorge Prendas, Keith Esher Davis, Leonor Keil, Valdemar Santos, Adelaide Teixeira, Ângela Marques, Carolina Amaral, Eva Fernandes, Tiago Correia entre outrosProdução: Guimarães 2012 – Capital Europeia da CulturaProdutor: Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, preto e branco/cor, 20 min.
Concepção, realização e montagem: Edgar Pêra Fotografia: Edgar Pêra, Luís BranquinhoBanda sonora: Artur Cyanetto, colaboração Pedro GóisMúsica: Vortex Sound Tech, Jorge Prendas (Cinesapiens), Mahler, SchumannInterpretação: Diana Sá, Valdemar Santos, Miguel Borges, Adelaide Teixeira, Jorge Prendas, Rebeca da Cunha, Soraia Sousa, Carla Gouveia, Gisela Matos, Miguel Roque, Antonieta Tedim, Elisabete Sousa, Márcia Gomes, Inês Mondim, Sara Montalvão, Rui Azevedo, João Pamplona, Susana MadeiraPós-produção 3D: Cláudio VasquesProdução: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, preto e branco/cor, 15 min.
Câmara, realização e montagem: Edgar Pêra Concepção: Edgar Pêra, Marina AlbuquerqueInterpretação: Alexandra Faustino, Carolina Rodrigues, Cristina Benedita, Daniela Gonçalves, Gonçalo Vale, Henrique Laurentino, João Vasco, Joana Calado, Mafalda Pérez, Mariana Amorim, Marta Correia, Raimundo Henriques e Vítor CaixeiroMúsica: Henrique LaurentinoBanda sonora: Artur CyanetoEstereografia e pós-produção 3D: Cláudio Vasques Co-Produção: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, 10 min.
Concepção, realização e montagem: Edgar PêraAssistente de realização: Diogo FerreiraAssistente de produção: Adriana LourençoColaboração: Ana Soares, Bruno Leal Banda sonora: Artur CyanetoEstereografia e pós-produção 3D: Cláudio VasquesCo-Produção: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, 20 min.
Concepção, realização e montagem: Edgar Pêra Entrevistados: Laura Mulvey, Eduardo Lourenço, Augusto M. Seabra, Guy Maddin, Manuel Domingos, Paulo Borges, Henry Jenkins, Toby Miller, Laura Rascaroli, Manuel Rodrigues, F.J. Ossang, Maria José Pêra, Henrique Pêra, Paula Sequeiros, Marina Turco, Benoit Michel, André Gaudreault, Fátima Chinita, Wanda Strauven, Olaf MöllerInterpretação: Diana Sá, Miguel Borges, Valdemar Santos, Adelaide Teixeira, Jorge Prendas, Nuno Melo, Keith Esher Davis, Cláudia Clemente, Henrique Clemente Pêra, Soraia Sousa, Carla Gouveia, Rebeca Cunha, Leonor Keil, Miguel Partidário, José de Pina, Tiago Correia, Carolina Amaral, Joana Carvalho, Gisela Matos, Tânia Dinis, entre outrosPós-produção 3D: Cláudio VasquesCo-Produção: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, preto e branco/cor, 70 min.
Cinesapiens | 20 min.Reflectindo acerca da natureza mutante e disruptiva do dispositivo cinematográfico, Cinesapiens – último segmento do filme 3X3D que reuniu Edgar Pêra, Jean-Luc Godard e Peter Greenaway – evoca vários momentos da história do cinema para, através deles, pensar diferentes estádios de influência e modalidades de percepção que este foi desencadeando nas sucessivas gerações de espectadores, alargando a reflexão à evolução da relação do homem com a imagem. Neste filme, Pêra usa e abusa de um exibicionismo técnico que se traduz, por exemplo, na insistência sobre gestos em direcção à câmara/espectador, transgredido, desse modo – através do que, nesta linguagem específica, constitui uma convergência negativa (elementos situados aquém do ecrã) – os protocolos mais consensuais do cinema 3D. A infracção de tabus formais torna-se, assim, um mecanismo paradoxal que, ao mesmo tempo que acentua e tira partido das potencialidades ilusionísticas da imagem, revela os limites dos expedientes técnicos que a compõem.
A Caverna | 15 min.Ensaio para o filme O Espectador Espantado (2016), a curta-metragem A Caverna propõem um questionamento acerca da natureza das imagens e das relações que com ela estabelecem os espectadores. Invertendo a perspectiva de Cinesapiens (2013), o espaço cavernoso de A Caverna afunila-se numa convergência positiva, através de uma abissal sobreposição de elementos que reconfiguram, pela via do 3D, os clássicos modelos formais e semânticos da profundidade de campo. Por outro lado, a célebre alegoria de Platão é revisitada através de um argumento que recorda O Anjo Exterminador (1962), de Luis Buñuel, para reavaliar as fronteiras entre a imagem pensamento e a imagem imersiva, tentando reconstituir elos perdidos da instável (e imparável) cadeia de transformação que vai da imagem original à imagem técnica.
Ressurreição! Ressurreição! Ressurreição! (work in progress) | 10 min.Uma criatura que parece ter vindo de outro planeta e que depressa se apresenta como sendo a Presidente do Instituto das Ressurreições Humanas, dirige-se, a partir da tela de cinema – ela é uma imagem – a uma plateia anestesiada que não ficaria mal no filme Metrópolis (1927) de Fritz Lang. A determinada oradora, familiarizada com a estética da propaganda fascista, discorre, do alto do seu púlpito, sobre estratégias de radicalizar o aproveitamento da vida dos operários e acerca das possibilidades de ressurreição, para gáudio da assistência de mortos-vivos.
Visões Virtuais (work in progress) | 20 min.Visões Virtuais, que aqui tem a sua estreia absoluta, é um estudo documental e ficcional sobre os comportamentos dos ciber-espectadores-manipuladores perante a realidade virtual e a realidade quotidiana. O filme interroga a imersividade espectatorial, testando as potencialidades técnicas e estéticas do 3D e questionando as fronteiras entre o cinema e os videojogos. Visões Virtuais tanto pode ser visto como um epílogo ao filme que constitui a tese de doutoramento de Edgar Pêra, O Espectador Espantado, como um prólogo ao seu projecto de pós-doutoramento Fora de Órbita, abordando de forma não canónica o cinema visceral (do cinema tridimensional ao cinema virtual).
Sessão das 22h00:
O Espectador Espantado | 70 min.O Espectador Espantado interpela a natureza do dispositivo cinematográfico, a partir do ponto de vista daqueles que se sentam diante da tela branca à espera das imagens: trata-se, como o título o indica, de uma investigação acerca do acto de ver cinema e da evolução tipológica do seu visionamento. O filme parte da condição real do espectador seguindo, depois, para o domínio do seu imaginário, projectivo e mnemónico. Para isso, Edgar Pêra articula um conjunto de entrevistas a críticos, teóricos, cineastas e familiares com acções que remetem para a circunstância imaginária de ver cinema, criando assim uma obra de tese que se constitui entre o ensaio, o manifesto e o filme intimista.
Esta sessão está integrada no ciclo de cinema EDGAR PÊRA: UMA RETROSPETIVA.
CINESAPIENS, 2013 A CAVERNA, 2015 RESSURREIÇÃO! RESSURREIÇÃO! RESSURREIÇÃO! (work in progress), 2016 VISÕES VIRTUAIS (work in progress), 2016 O ESPECTADOR ESPANTADO, 2016
Argumento, realização e montagem: Edgar PêraFotografia: Luís BranquinhoEfeitos visuais: Edmundo RivottiCâmara: Jorge QuintelaSom: Pedro MarinhoMistura de som: Pedro GóisMúsica: Jorge PrendasAssistente estereoscopia: Cláudio VasquesInterpretação: Nuno Melo, Jorge Prendas, Keith Esher Davis, Leonor Keil, Valdemar Santos, Adelaide Teixeira, Ângela Marques, Carolina Amaral, Eva Fernandes, Tiago Correia entre outrosProdução: Guimarães 2012 – Capital Europeia da CulturaProdutor: Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, preto e branco/cor, 20 min.
Concepção, realização e montagem: Edgar Pêra Fotografia: Edgar Pêra, Luís BranquinhoBanda sonora: Artur Cyanetto, colaboração Pedro GóisMúsica: Vortex Sound Tech, Jorge Prendas (Cinesapiens), Mahler, SchumannInterpretação: Diana Sá, Valdemar Santos, Miguel Borges, Adelaide Teixeira, Jorge Prendas, Rebeca da Cunha, Soraia Sousa, Carla Gouveia, Gisela Matos, Miguel Roque, Antonieta Tedim, Elisabete Sousa, Márcia Gomes, Inês Mondim, Sara Montalvão, Rui Azevedo, João Pamplona, Susana MadeiraPós-produção 3D: Cláudio VasquesProdução: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, preto e branco/cor, 15 min.
Câmara, realização e montagem: Edgar Pêra Concepção: Edgar Pêra, Marina AlbuquerqueInterpretação: Alexandra Faustino, Carolina Rodrigues, Cristina Benedita, Daniela Gonçalves, Gonçalo Vale, Henrique Laurentino, João Vasco, Joana Calado, Mafalda Pérez, Mariana Amorim, Marta Correia, Raimundo Henriques e Vítor CaixeiroMúsica: Henrique LaurentinoBanda sonora: Artur CyanetoEstereografia e pós-produção 3D: Cláudio Vasques Co-Produção: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, 10 min.
Concepção, realização e montagem: Edgar PêraAssistente de realização: Diogo FerreiraAssistente de produção: Adriana LourençoColaboração: Ana Soares, Bruno Leal Banda sonora: Artur CyanetoEstereografia e pós-produção 3D: Cláudio VasquesCo-Produção: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, 20 min.
Concepção, realização e montagem: Edgar Pêra Entrevistados: Laura Mulvey, Eduardo Lourenço, Augusto M. Seabra, Guy Maddin, Manuel Domingos, Paulo Borges, Henry Jenkins, Toby Miller, Laura Rascaroli, Manuel Rodrigues, F.J. Ossang, Maria José Pêra, Henrique Pêra, Paula Sequeiros, Marina Turco, Benoit Michel, André Gaudreault, Fátima Chinita, Wanda Strauven, Olaf MöllerInterpretação: Diana Sá, Miguel Borges, Valdemar Santos, Adelaide Teixeira, Jorge Prendas, Nuno Melo, Keith Esher Davis, Cláudia Clemente, Henrique Clemente Pêra, Soraia Sousa, Carla Gouveia, Rebeca Cunha, Leonor Keil, Miguel Partidário, José de Pina, Tiago Correia, Carolina Amaral, Joana Carvalho, Gisela Matos, Tânia Dinis, entre outrosPós-produção 3D: Cláudio VasquesCo-Produção: Bando à Parte / Rodrigo AreiasFormato: DCP 3D, preto e branco/cor, 70 min.
