EVERYTHING IS ABOUT TO HAPPEN (PORTO): LIVROS E EDIÇÕES DE ARTISTA
de 15 OUT 2016 a 12 FEV 2017
Obras de Patrícia Almeida e David-Alexandre Guéniot, Karl Holmqvist, Janice Kerbel, Sara McKillop, Kristen Mueller, León Muñoz-Santini, Preston is My Paris, Simon Popper, Erik Steinbrecher, Fritz Welch, Nicole Wermers.
"Everything is About to Happen (Porto): Livros e edições de artista” é dedicada aos mais recentes desenvolvimentos na área do livro de artista enquanto suporte e contexto para a arte contemporânea. Expõe mais de 200 obras, muitas delas publicadas em edições pequenas, difíceis de encontrar, com o objetivo de proporcionar uma ideia geral dos mais recentes desenvolvimentos na área das publicações de artistas. As obras nesta exposição apresentam reversões burlescas, fluidez de autoria, subativismo, trabalho improdutivo e linguagens não literais, ferramentas para reafirmar e questionar o nosso desejo comum de coletividade. Isso sugere que os livros de artistas devem ser considerados tanto expressões artísticas individuais como participantes num fórum cuja cultura e cuja liberdade são essenciais ao nosso futuro.
A Livraria de Serralves fará parte integrante desta exposição apresentando livros de artista recentes que reagem às questões por ela levantadas. A seleção da livraria é comissariada por Gregorio Magnani em colaboração com a Motto, Berlim.
Os livros de artista, obras de arte que adotam o formato e os modos de distribuição específicos do livro, começaram a ganhar notoriedade em meados dos anos 1960. Ofereciam aos artistas uma forma de arte barata e de fácil distribuição que respondia ao desejo generalizado de levar a arte para fora do contexto da galeria. Depois de terem quase desaparecido nos anos 1980, os livros de artista encontraram uma energia nova como forma de expressão artística em meados da década de 1990. Nessa época, a nova acessibilidade de tecnologias de edição digital e impressão, cada vez mais baratas, a par da facilidade de comunicação oferecida pela internet, tornaram relativamente fácil publicar, ou autopublicar, um livro ou fanzine. Os artistas podiam adotar o livro como seu suporte de eleição e tornar-se editores de si próprios ou confiar numa vasta rede de editoras dirigidas por artistas, pequenas, ousadas e muitas vezes efémeras. Tratava-se de um meio que lhes permitia ter controlo absoluto sobre o seu próprio trabalho desde o primeiro vislumbre de uma ideia, passando pela sua edição e publicação, até à comercialização final. Era uma experiência libertadora que eliminava a necessidade de apoio e validação institucionais e se baseava numa rede alternativa de pares. Além disso, correspondia ao sonho de autonomização dos anos 1990, concretizando a sua promessa fazer de cada um de nós um ator eclético num constante percurso de autorreinvenção. Hoje, a esperança de uma relação não-exploradora entre o capital e os produtores culturais independentes parece tão irrealista como a noção de libertação através do comércio dos anos 1960. Nas artes criativas, a autoexpressão consiste cada vez mais em trabalho executado na forma de entretenimento para usufruto de outrem. Mas o poder produtivo da linguagem partilhada, criador da comunidade em volta dos livros de artista, continua. Assenta em custos baixos, investimentos afetivos elevados, relações entre pares e na aptidão do livro para criar relações sociais. Ameaçado pela capacidade do capital de sobreviver à própria crise através do consumo e da produção de espaços culturais, reafirma a sua energia coletiva encarando os perigos que enfrenta.
"Everything is About to Happen (Porto): Livros e edições de artista” é organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, e comissariada por Gregorio Magnani.
Actividades Relacionadas INAUGURAÇÃO
14 OUT (SEX), 22HInauguração oficial VISITAS ORIENTADAS
06 NOV (DOM), 12HVisita orientada pelo Serviço Educativo do MuseuMais informação aqui
21 JAN (SAB), 17HVisita orientada pelo Serviço Educativo do Museu(Inglês)Mais informação aqui
"Everything is About to Happen (Porto): Livros e edições de artista” é dedicada aos mais recentes desenvolvimentos na área do livro de artista enquanto suporte e contexto para a arte contemporânea. Expõe mais de 200 obras, muitas delas publicadas em edições pequenas, difíceis de encontrar, com o objetivo de proporcionar uma ideia geral dos mais recentes desenvolvimentos na área das publicações de artistas. As obras nesta exposição apresentam reversões burlescas, fluidez de autoria, subativismo, trabalho improdutivo e linguagens não literais, ferramentas para reafirmar e questionar o nosso desejo comum de coletividade. Isso sugere que os livros de artistas devem ser considerados tanto expressões artísticas individuais como participantes num fórum cuja cultura e cuja liberdade são essenciais ao nosso futuro.
A Livraria de Serralves fará parte integrante desta exposição apresentando livros de artista recentes que reagem às questões por ela levantadas. A seleção da livraria é comissariada por Gregorio Magnani em colaboração com a Motto, Berlim.
Os livros de artista, obras de arte que adotam o formato e os modos de distribuição específicos do livro, começaram a ganhar notoriedade em meados dos anos 1960. Ofereciam aos artistas uma forma de arte barata e de fácil distribuição que respondia ao desejo generalizado de levar a arte para fora do contexto da galeria. Depois de terem quase desaparecido nos anos 1980, os livros de artista encontraram uma energia nova como forma de expressão artística em meados da década de 1990. Nessa época, a nova acessibilidade de tecnologias de edição digital e impressão, cada vez mais baratas, a par da facilidade de comunicação oferecida pela internet, tornaram relativamente fácil publicar, ou autopublicar, um livro ou fanzine. Os artistas podiam adotar o livro como seu suporte de eleição e tornar-se editores de si próprios ou confiar numa vasta rede de editoras dirigidas por artistas, pequenas, ousadas e muitas vezes efémeras. Tratava-se de um meio que lhes permitia ter controlo absoluto sobre o seu próprio trabalho desde o primeiro vislumbre de uma ideia, passando pela sua edição e publicação, até à comercialização final. Era uma experiência libertadora que eliminava a necessidade de apoio e validação institucionais e se baseava numa rede alternativa de pares. Além disso, correspondia ao sonho de autonomização dos anos 1990, concretizando a sua promessa fazer de cada um de nós um ator eclético num constante percurso de autorreinvenção. Hoje, a esperança de uma relação não-exploradora entre o capital e os produtores culturais independentes parece tão irrealista como a noção de libertação através do comércio dos anos 1960. Nas artes criativas, a autoexpressão consiste cada vez mais em trabalho executado na forma de entretenimento para usufruto de outrem. Mas o poder produtivo da linguagem partilhada, criador da comunidade em volta dos livros de artista, continua. Assenta em custos baixos, investimentos afetivos elevados, relações entre pares e na aptidão do livro para criar relações sociais. Ameaçado pela capacidade do capital de sobreviver à própria crise através do consumo e da produção de espaços culturais, reafirma a sua energia coletiva encarando os perigos que enfrenta.
"Everything is About to Happen (Porto): Livros e edições de artista” é organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, e comissariada por Gregorio Magnani.
Actividades Relacionadas INAUGURAÇÃO
14 OUT (SEX), 22HInauguração oficial VISITAS ORIENTADAS
06 NOV (DOM), 12HVisita orientada pelo Serviço Educativo do MuseuMais informação aqui
21 JAN (SAB), 17HVisita orientada pelo Serviço Educativo do Museu(Inglês)Mais informação aqui
