Na Arte, como na Ciência, não existe um lado certo e um errado. Ambas são processos que decorrem tanto da história quanto do arrojo, do intuito, da vitalidade, do confronto com o desconhecido. Contra o saber científico de então, e apesar da ausência de instrumentos que o pudessem sustentar, Galileu percebeu que a física dos astros era igual à da Terra. Colocando em risco tanto a reputação quanto a vida, usou erros metodológicos, seus e alheios, para mudar mil e quinhentos anos de certezas geocêntricas. Hoje, a obsessão pelo sucesso, pela formatação do ensino vergado à ascensão social, castiga o erro como se este não nascesse da mão dos deuses que habitam a criatividade. O Homem erra porque tenta. E tentará sempre enquanto houver matéria que o provoque e espírito que se incendeie, pronto para a rebelião. Pedro AbrunhosaOradores:Gonçalo M. TavaresProfessor Sobrinho Simões
Moderadora: Maria João Costa
Comissariado do Ciclo de Conferências: Pedro Abrunhosa e Paulo Mendes Pinto
Acesso: €5 (50% desconto para Estudantes, >65 e Amigos de Serralves)
Maria João Costa
Gonçalo M. Tavares
Manuel Sobrinho Simões
Jornalista do Grupo R/com desde 1997. É, desde 2008, responsável pela edição do programa semanal de informação cultural Ensaio Geral, na Renascença. Editou, entre 2006 e 2008, outro programa de caráter cultural chamado Primeira Fila. Como repórter, já acompanhou campanhas presidenciais e autárquicas. Foi uma das repórteres da Renascença durante a Expo '98. É licenciada pela Universidade Católica Portuguesa. Autora dos livros infanto-juvenis "Chamo-me Beethoven", "Chamo-me Wagner" e "A rádio". Venceu o Prémio Especial Jornalista Ler/Booktailors em 2013 e venceu o Prémio Escritaria em Penafiel, na categoria em rádio em 2012 com a reportagem "O Mundo de Agustina".
Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970. Desde 2001 publicou livros em diferentes gêneros literários, traduzidos em mais de 50 países. É já um dos escritores de língua portuguesa mais traduzidos de sempre. Os seus livros receberam vários prêmios em Portugal e no estrangeiro. Com Jerusalém recebeu alguns dos mais importantes prémios.Com Aprender a rezar na Era da Técnica recebeu o Prix du Meuilleur Livre Étranger 2010 (França), prêmio atribuído antes a Robert Musil, Orhan Pamuk, John Updike, Philip Roth, Gabriel García Márquez, Salman Rushdie, Elias Canetti, entre outros.Alguns outros prêmios internacionais: Prêmio Portugal Telecom 2007 e 2011 (Brasil), Prêmio Internazionale Trieste 2008 (Itália), Prémio Belgrado 2009 (Sérvia), Grand Prix Littéraire du Web – Culture 2010 (França), Prix Littéraire Européen 2011 (França). Foi por diferentes vezes finalista do Prix Médicis e Prix Femina.Uma Viagem à Índia recebeu, entre outros, o Grande Prêmio de Romance e Novela APE 2011.Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, dança, peças radiofônicas, curtas-metragens e objetos de artes plásticas, dança, vídeos de arte, ópera, performances, projetos de arquitetura, teses acadêmicas, etc. – bem como a inúmeras traduções.
Médico, Investigador, Autor. Especialista em Anatomia Patológica, Doutorado em Patologia na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Pós-doutoramento no Instituto de Cancro da Noruega.É professor catedrático de Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Chefe de Serviço no Hospital Universitário de São João desde 1988. Actualmente é diretor do IPATIMUP (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto).Em 2015, foi eleito, pela revista britânica «The Patologist», como o patologista mais influente do mundo.Recebeu, ao longo da sua carreira, diversos prémios nacionais e internacionais. Destaca-se o Prémio Bordalo de 1996, atribuído ao seu Grupo de Investigação, o Prémio Seiva e o Prémio Pessoa em 2002.
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