Liam Gillick, Charlotte Posenenske, Haegue Yang, Amalia Pica As obras apresentadas nesta galeria usam a abstração para evocar ideias de coletividade e participação e como um meio para propor modos alternativos de perceção. Em cada obra, a ideia de um ponto de vista singular é substituída por múltiplas perspetivas que são históricas e culturais, além de visuais. Research Platform [Plataforma de investigação] (2005), de Liam Gillick, alude ao design modernista, à arte minimalista e a velhos modelos de eficiência racional característicos das indústrias corporativas do século XX para especular sobre possíveis formas de pensamento coletivo. Prototype Series B Relief [Protótipo série B relevo] (1967), de Charlotte Posenenske, permite a interação com a arquitetura envolvente e o espectador. A artista não predetermina de que modo os vários elementos das suas esculturas podem ser combinados, deixando a outros essa decisão. Haegue Yang convida os espectadores a tornarem-se jogadores e ao mesmo tempo produtores de paisagens sonoras imprevisíveis com as Rotating Geometries [Geometrias rotativas] (2013).A ? B ? C (line) [A ? B ? C (linha)] (2013), de Amalia Pica, propõe a abstração num conjunto de quadros vivos improvisados produzidos em tempo real diante do público — formas geométricas de outro modo abstratas passam a ser elementos de uma conversa performativa. A obra torna-se a representação de formas de compromisso ou colaboração, uma reprodução geométrica de coletividade ativada por corpos que se movem no espaço.
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