Primavera: 06 fev - 26 abr 2015Verão: 29 abr - 13 set 2015
Vasco Araújo, Richard Artschwager, Herbert Brandl, Stanley Brouwn, Fernando Calhau, Alberto Carneiro, Lourdes Castro, Rui Chafes, Luisa Cunha, Charles Darwin, Jan Dibbets, Fischli & Weiss, Simone Forti, Hamish Fulton, Mario Garcia Torres, Hans Haacke, Jasper Johns, Ana Jotta, Raoul De Keyser, Anselm Kiefer, Fernando Lanhas, Álvaro Lapa, Louise Lawler, Miguel Leal, Ree Morton, Juan Muñoz, Lucia Nogueira, Luís Noronha da Costa, Lygia Pape, Sigmar Polke, João Queiroz, Dieter Roth, Robert Smithson, Ângelo de Sousa, Paul Thek, Richard Tuttle
O museu, tal como o jardim, é um espaço de deambulação e contemplação. Com a sua flora e o seu artifício, o museu é um lugar de cultivo e prazer, mas é também uma ideia, uma metáfora, a interseção entre natureza, cultura e ciência. Quando caminhamos num museu, desdobra-se à nossa frente uma narrativa, cujos muitos caminhos e trajetos associam o conhecimento aos sentidos. Selvagem ou maneirista, ordenado ou pitoresco, o jardim, tal como o museu, é experiencial e afetivo, um espaço onde somos convidados a vaguear por uma paisagem em perpétuo movimento com formas, objetos e cores dispostos no espaço. Do mesmo modo que o jardim representa o ordenamento racional do mundo natural, a exposição é um jardim de imagens, ideias e emoções. Ambos cruzam intimamente o ato de caminhar com a imaginação. "Pode o museu ser um jardim?” exorta essas relações concetuais e históricas entre o jardim e o museu. Embora algumas obras de arte selecionadas da Coleção do Museu de Serralves abordem diretamente ideias de paisagem e natureza – desde o uso de materiais naturais até ao movimento das plantas –, outras tratam o jardim como uma metáfora expandida para ver o mundo. Além dessas obras da coleção, peças adicionais de Hans Haacke e Louise Lawler estão a ser "plantadas” dentro do museu para a exposição, como espécies novas crescendo paralelamente ao jardim bem cuidado que a coleção de um museu representa. Enquanto exposição, "Pode o Museu ser um Jardim?” irá alterar-se com as estações do ano, tal como um jardim, ao longo do tempo. Ao relacionar o espaço exterior do jardim com o espaço interior do museu, a exposição também evoca o cenário singular do parque, desenhado por Jacques Gréber, e a arquitetura do Museu de Serralves, da autoria de Álvaro Siza. "Pode o museu ser um jardim?” celebra o museu enquanto lugar para vaguear e pensar, traçando novos percursos nos seus espaços, e o ato de caminhar enquanto prática estética e contemplativa. Como devemos caminhar através de um museu? Devemos explorá-lo? Correr, perdermo-nos? Ou ser guiados no nosso percurso pelos nossos sentidos e pela nossa curiosidade?
"Pode o Museu ser um Jardim?” é comissariada por João Ribas, Diretor Adjunto e Curador Sénior do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.
Imagem: Mario García Torres, A Brief History of Jimmie Johnson’s Legacy [Uma breve história do legado de Jimmie Johnson], 2006. Coleção Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto. Videograma: Cortesia do artista
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ENCONTROS E CONVERSAS
14 FEV (SÁB), 16H00, GALERIAS DO MUSEU (em inglês)Visita à exposição para Amigos de Serralves por João RibasLotação: 30 pessoasAcesso: gratuitoMais informação aqui
07 MAR (SAB), 17h00, GALERIAS DO MUSEUVisita à exposição com Liliana Coutinho (Coordenadora Serviço Educativo Museu de Serralves)Lotação: 30 pessoasAcesso: mediante aquisição de bilhete Museu e Parque (emitido no dia)Mais informação aqui
18 ABR (SAB), 16h00, GALERIAS DO MUSEUConversa em redor do conceito de deambulação com um poeta, um artista, um filósofo e um arquiteto paisagista. Partindo da forte relação que uma vasta geração de artistas portugueses tem com a natureza, o bucolismo, ou mesmo a obra de Thoreau, esta sessão, pensada por Margarida Mendes, curadora do projeto The Barber Shop, pretende dar espaço a testemunhos que assumem o próprio ato de caminhar ou divagar como ferramenta essencial para reflexão.Lotação: 30 pessoasAcesso: mediante levantamento de bilheteMais informação aqui
16 MAI (SAB), 16h00, GALERIAS DO MUSEUVisita à exposição com João Ribas, curador da exposição e Diretor Adjunto do Museu de SerralvesLotação: 30 pessoasAcesso: mediante aquisição de bilhete Museu e Parque (emitido no dia)Mais informação aqui
11 JUL (SÁB), 16H00, GALERIAS DO MUSEU/BIBLIOTECAConversa com Michael Marder, moderação Margarida Mendes e Liliana CoutinhoLições Vegetais: O que nos podem ensinar as plantas … De certa maneira, devíamos imitar as plantas. A maioria das vezes, não prestamos qualquer atenção aos significados do mundo vegetal. Não ouvimos o que ele nos diz. No entanto, os seus ensinamentos podem ser úteis para a nossa vida e para o nosso comportamento em relação aos outros e ao ambiente. Onde aprendemos também importa: num museu, num jardim ou num museu-jardim. Essa atenção ao papel da aprendizagem e do crescimento é mais uma das lições que nos ensinam as plantas. (Uma proposta de Margarida Mendes)Michael Marder é Professor Investigador Ikerbasque no Departamento de Filosofia da Universidade do País Basco (UPV-EHU), Vitoria-Gasteiz. A sua escrita abrange os campos da fenomenologia, do pensamento político e da filosofia da vida vegetal. É autor de seis monografias: The Event of The Thing (2009); Groundless Existence (2010); Plant-Thinking (2013); Phenomena-Critique-Logos (2014); The Philosopher’s Plant (2014); e Pyropolitics (2015). Lotação: 30 pessoasAcesso: mediante aquisição de bilhete Museu e Parque (emitido no dia)Informação: esta conversa foi cancelada por motivos imprevistos.
VISITAS POR MONITORES DO SERVIÇO EDUCATIVO
Lotação: 30 pessoasAcesso: gratuito
08 FEV (DOM), 12H00–13H00Por Andreia Coutinho
19 ABR (DOM), 12H00–13H00Por Sofia Santos
14 JUN (DOM), 12H00–13H00Por Cristina Alves
05 JUL (DOM), 12H00-13H00Por Sofia Santos
23 AGO (DOM), 12H00–13H00Por Andreia Coutinho
06 SET (DOM), 12H00–13H00Por Sofia Santos
OFICINAS PARA FAMÍLIAS
13 JUN (SÁB), 16h30-18h30, SALA SERVIÇO EDUCATIVO e GALERIAS DO MUSEUHOMEM-PÁSSARO Oficina por Sofia Santos e Joana Nascimento, Educadoras do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.O som do cantar de diferentes pássaros enche o espaço da exposição Pode o museu ser um Jardim? Vamos escutá-los, procurá-los, reinventá-los e materializa-los. Partindo da visita à exposição e do contato com a obra Birdcalls de Louise Lawler, daremos imagem ao corpo imaginário de diferentes ‘homens-pássaros’. No espaço da galeria do museu, será possível compor esta imagem com recurso ao recorte, à colagem e ao desenho dos seus vários fragmentos.Acesso: 5€/ família (máximo de 4 pessoas) ou gratuito mediante apresentação de bilhete Museu e ParqueLotação: 30 pessoas (crianças+adultos)Mais informação aqui
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Mecenas Exclusivo do Museu