A prática artística de Mariana Caló (1984, Viana do Castelo) e Francisco Queimadela (1985, Coimbra) abrange vídeo, filme de 8 e 16 mm, diaporamas, desenho e pintura, geralmente na forma de instalações que criam ambientes visuais rigorosamente organizados."O Livro da Sede” constitui uma experiência imersiva composta por cinco filmes de 16 mm em loop e uma impressão numa caixa de luz, que permite ao espectador editar as imagens e construir o seu próprio filme. O recurso a filmes analógicos, aliado ao facto de alguns destes serem construídos a partir de fotografias, reforça o tema principal do trabalho desta dupla de artistas: a perceção da passagem do tempo, as suas manifestações e interpretações. As imagens, que mostram várias pessoas a saciar a sede, animais e criaturas mitológicas associadas a ritos ancestrais, como diabretes, transformam esta instalação num autêntico estudo antropológico, em que a sede é associada a instintos vitais e à liberdade.Esta exposição está integrada no eixo de programação Projetos Contemporâneos, uma plataforma dinâmica para a apresentação de obras de artistas, emergentes ou estabelecidos, que desenvolvem em diferentes disciplinas novas formas de arte relevantes para uma geração mais jovem. O programa, agora no seu terceiro ano, integra exposições, performance e intervenções multidisciplinares nos espaços do Museu e da Casa de Serralves.
A exposição "O livro da Sede” é organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, e é comissariada por Ricardo Nicolau, curador do Museu, assistido pela curadora Filipa Loureiro
Imagem: Livro da Sede / Mariana Caló e Francisco Queimadela, 2015
Actividades Relacionadas
INAUGURAÇÃO: 11 mar (sex), 18h30
ConversaMariana Caló e Francisco Queimadela em conversa com Ricardo Nicolau, curador da exposição.
VISITAS GUIADAS
16 ABR (Sáb), 17h00Por Ricardo Nicolau, Curador da exposição
15 MAI (Dom), 12h00Por Inês Caetano, Serviço Educativo do Museu
Sobre os artistas
Mariana Caló e Francisco Queimadela estudaram pintura na Escola de Belas-Artes do Porto. Trabalham desde 2010 em "Gradations of Time over a Plane” [Gradações de Tempo sobre um Plano], um projeto contínuo sobre as manifestações simbólicas do conceito de tempo em territórios naturais e em espaços criados pelo homem, utilizando diversos meios de expressão: cinema, projeções, instalações vídeo, projetos site-specific. Exposições individuais recentes: "The Importance of Being a (Moving) Image” (Galeria Nacional, Praga, 2015); "Entrevista Perpétua” (Edifício Axa, Porto, 2013), "Chart for the Coming Times” (Villa Romana, Florença, 2013), "Chart for the Coming Times” (Rowing Projects, Londres, 2012), "The Springs of the Flood” (Matador Projekt Raum, Berlim, 2011) e "Gradations of Time over a Plane II & III” (General Public, Berlim & Casa das Artes, Fundação Bissaya Barreto, Coimbra, 2011). Caló e Queimadela foram os vencedores da edição de 2013 do prémio internacional Lo Schermo dell’arte, em Itália, e do prémio BES Revelação em 2012.
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