Em finais de Janeiro retomamos as nossas maratonas em torno de filmes que nos falam e dos quais falamos. Desta vez daremos a volta a uma parte do nosso mundo apoiados no tema «Jardins Portáteis» que norteia o trabalho a desenvolver em 2007 no âmbito do projecto anual com escolas. O imaginário do ocidente admite que, no princípio, em lugar dos forçados e forçosos vales de lágrimas, em vez dos improváveis mares de rosas, aquém dos rios de sangue e de tinta onde banham as nossas histórias, o mundo era um jardim. Que máscaras e avatares produziu o cinema a partir desse jardim perdido? De que forma a condenação ao cultivo (a custo do suor do rosto...) marca os gestos dos homens e as imagens que deles foram sendo fabricadas?