Spell ReelALE, PRT, FRA, GB, 2017, 96', M12Filipa César Amílcar Cabral estava consciente da importância de um outro cinema como instrumento da descolonização e por isso incentivou a formação dos primeiros realizadores da Guiné-Bissau como Flora Gomes e Sana na N’Hada que aqui aparecem neste filme coletivo mas onde o protagonista são as imagens do arquivo do Instituto do Cinema levantadas depois de anos de esquecimento, sujeitas à humidade e ao calor, perdidas e que, agora como matéria do filme, também restauram as memórias inquietas da luta pela independência e dos anos da criação de uma Guiné pós-Independência.(António Pinto Ribeiro) Organização: Porto Summer School on Cinematic Art 2018 - Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa do PortoCoorganização: Porto/Post/Doc [Sessão integrada no ciclo Há Filmes na Baixa!]Acesso: Entrada gratuita (sujeito à lotação da Sala)
Filipa César
Filipa César (Porto, 1975) é uma artista e realizadora residente em Berlim. Estudou na Universidade do Porto e de Lisboa, na Academy of Arts em Munique e na University of Arts em Berlim. Interessa-se pelos aspetos ficcionais do documentário, pelas fronteiras ténues entre o cinema e a sua receção, e pela política e poética inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho inicial concentrou-se em instalações artísticas em que o vídeo tem papel fundamental - podem mencionar-se as obras "F for Fake” (2005), "Rapport” (2007), "Le Passeur” (2008), "The Four Chambered Heart” (2009) ou "Menograma” (2010). Nos últimos anos, tem procurado debater os arquivos de países africanos numa perspetiva pós-colonial, a partir de longas e curtasmetragens documentais, como "Mined Soil” (2015), "Spell Reel” (2017) ou "Sunstone” (2017), exibidos e premiados em festivais de cinema nacionais e internacionais.