DANIA SHIHAB
O MUSEU COMO PERFORMANCE
REPLICA – RELIC
Acesso:
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Entrada gratuita para Amigos de Serralves.
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Performance, 40’
Cerâmicas: Helena Civit Kopeinig
Arduino/Programação: Nico Saganias
Impressão 3D: Dania Shihab
Assistente de reconstrução STL: Abishav Singh
Fotos dos objetos: Cecilia Diaz Betz
Replica – Relic confronta os gestos performativos de descolonização em instituições culturais ocidentais — de forma mais vincada no British Museum — e questiona a sua sinceridade ao abordar erros históricos. Dania rejeita a autoridade custodial do museu reanimando património cultural através de um ato de soberania sonora e táctil. Sem permissão institucional, Dania capturou clandestinamente em 3D artefactos mesopotâmicos do British Museum. A partir destes fragmentos digitais emergiram cinco instrumentos musicais totalmente feitos de raiz, cada um eco fragmentado da sua forma ancestral. Em performance ao vivo Dania fará emergir as vozes latentes incrustadas nestes artefactos, invocando as paisagens perdidas de onde originaram.
Cada instrumento funciona como artefacto e como vaso amplificador. A performance habita o interstício entre passado e presente — tornando o arquivado audível, táctil e liberto. A colaboração com cerâmica de Helena Civit Kopeinig, programação Arduino de Nico Saganias e impressão 3D da própria artista, convergem para produzir uma cerimónia de resgate e reverberação.
Coprodução: Projeto realizado no âmbito do programa Barcelona Producció de La Capella, com itinerância do programa Paracaigudisme do Club 9


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Dania Shihab (Bagdade, 1982) é artista transnacional, musicista, curadora e médica de emergência residente em Barcelona. Licenciada em Medicina e Cirurgia pela University of Tasmania (Austrália). Enquanto artista sonora, a sua prática foca-se em identidade, fronteiras e deslocação a partir da experiência de migração forçada. Usando samples e gravações de campo e empregando a voz como ferramenta de agência cultural e de género, compõe peças eletroacústicas de longa duração. Desde 2014 dirige a plataforma Paralaxe Editions, onde lança música experimental e comissaria performances pela Europa. Em 2023, a Paralaxe Editions tornou-se residente orbitante no Hangar, Barcelona. Apresentou trabalho em festivais e locais como Sonic Acts, Sónar, Mira, She Makes Noise e Cafe Oto. Publicou várias obras musicais ligadas à sua experiência migrante e à identidade cultural em transição, incluindo Voz (2022) e Foreign Body (2023). Em 2024, completou uma residência de cinco semanas em Providenza, Communities Between Islands (Sardenha/Córsega e Syros), onde mapeou a interface terra-mar e explorou o seu impacto no conceito de fronteira nas comunidades migrantes. Foi selecionada como artista da plataforma SHAPE+ para arte audiovisual inovadora ‘24/25.