SOCIETAT DOCTOR ALONSO
O MUSEU COMO PERFORMANCE
HAMMAMTURGIA
Acesso:
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Performance, 55’
Dramaturgia: Tomàs Aragay e Sofia Asencio
Direção cénica: Tomàs Aragay
Criação e interpretação: Sofia Asencio, Beatriz Lobo, Ana Cortés, Kidows Kim
Assessoria de espaço cénico: Cube.bz Serrucho
Desenho de iluminação: Cube.bz
Espaço sonoro: Maties Palau
Figurinos: Jorge Dutor
Hammamturgia gera e capta o fluxo de corpos e coisas no espaço, uma sucessão que não explica nada, mas antes propõe e ativa transformações, um trabalho coreográfico que opera com o espaço e o tempo.
Entendemos “hammamturgia” como a outra parte da dramaturgia. A dramaturgia seria a ação de criar, compor e realizar uma peça. “Hammamturgia”, por sua vez, refere-se a uma relação com as condições de atmosfera que produzem a transformação da forma/obra: estar dentro, atravessar, ser aquilo que nos move e que não vemos. Se a dramaturgia se relaciona com a narração e, consequentemente, lhe é atribuído um autor ou autora, a “hammamturgia” liga-se ao acontecer e não necessitaria de alguém que prescreva ações. Por isso dizemos que “hammamturgia” é o que acontece — ou o que provoca a mudança. O espaço constrói-se e transforma-se durante a ação, à vista de quem assiste.
Este espaço é, nada mais, do que um ambiente partilhado. Um ambiente onde não se distingue fora e dentro. É apenas uma membrana, na qual respiramos e vivemos, pelo menos durante este tempo, em conjunto. Questionamos a ideia de que se pode estar “fora”, enquanto observador neutro. Estamos sempre num ambiente partilhado: somos o ambiente; o ambiente também somos nós.
De certa forma, quem cria faz a casa a partir de dentro, transformando, pouco a pouco, gentilmente, o lugar onde chegámos — e a que chamamos teatro — noutro lugar. Transformamo-lo e tornamos visível essa transformação. Não se trata de construir um ambiente do princípio ao fim, mas de fazer algo com as condições que o constituem.
*Aviso: Inclui a utilização de luz intermitente.
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SOCIETAT DOCTOR ALONSO, dirigida por Tomàs Aragay (encenador e dramaturgo) e Sofía Asencio (bailarina e coreógrafa), construiu uma linguagem cuja chave fundamental reside no conceito de deslocamento. Colocar algo fora do seu lugar, âmbito ou espaço próprio, investigar como esse deslocamento modifica a linguagem, tanto na gramática constitutiva como na leitura de quem observa: deslocar para revelar. Esta manobra tem-se mostrado eficaz na geração de espaços de discurso poético que questionam o status quo do nosso entendimento da realidade.
Tomàs Aragay é dramaturgo e ator. Estudou Encenação e Dramaturgia no Institut del Teatre de Barcelona. Em 1996, com Roger Bernat, fundou o centro de criação General Elèctrica, em Barcelona, que encerrou em 2000. Embora com formação teatral, desde a sua primeira peça, “Cruza cuando el hombrecito está en verde” (1997), criada com Laura Arís, Sofia Asencio e Nathalie Labiano, e distinguida com o Primeiro Prémio de Coreografia no XI Certame Coreográfico de Madrid, tem trabalhado com pessoas da dança. O seu ponto de partida ao abordar a dança é livre de condicionamentos; por não ser bailarino, fala-nos dela a partir de outro lugar, mais das emoções do que do movimento. Por isso os seus espetáculos comovem e não deixam ninguém indiferente. Recebeu o Prix d’Auteur dos Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine-Saint-Denis, com a criação John Kovach, state of emergency (Festival d’Estiu Grec-99, Barcelona). Manteve um foco permanente de investigação, por um lado, estudando as relações entre as diferentes armas expressivas que mistura nos seus espetáculos — movimento, palavra e música — e, por outro, estudando como integrar na pessoa intérprete a consciência do seu potencial criativo para além da técnica. Lecionou cursos na Universidade de Belas-Artes de Perpignan, Festival Dansem em Marselha, Festival Nouvelles de Danse em Pau, Festival Dies de Dansa em Barcelona, Festival Enzimi em Roma, Festival Mladi Levi em Liubliana e no Festival Mira em Toulouse.
Sofía Asencio é coreógrafa, bailarina e performer. Trabalhou durante 10 anos com várias companhias, com as quais circulou pelo mundo. Entre 1989 e 1993, estudou dança contemporânea no Institut del Teatre de Barcelona, enquanto participava numa revista musical. Mais tarde, trabalhou com Vicente Sáez, L’Anonima Imperial, Mudances e Cía. ACTA, e em 1998 integrou o coletivo General Eléctrica. Em 2000, criou com Tomàs Aragay a Societat Doctor Alonso, uma companhia e plataforma de investigação e produção de espetáculos em cumplicidade com outras pessoas artistas e investigadoras. Como geradora de contextos, codirigiu o Festival MAPA entre 2004 e 2010 e co-curou o festival Salmon entre 2021 e 2022. Atualmente participa nas atividades de El Consulado, um espaço para artes vivas em Horta Sud, Valência.
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