CARLOS M. OLIVEIRA
O MUSEU COMO PERFORMANCE
UM LADO / OUTRO
Acesso:
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Performance, 3h
Direcção artística: Carlos M. Oliveira
Interpretação: Vânia Rovisco, Adriano Vicente, Elizabete Francisca e Ana Trincão
Textos: Andresa Soares
Adereços: Maria Abrantes, Tiago Gandra e David Leitão
Figurinos: Josseline Black e Carlos M. Oliveira
Mistura de som: Carlos M. Oliveira
Produção: Cotão
Coprodução: Fundação de Serralves
Apoios: Associação Parasita, Galeria Foco, ARS-ID, Estudios Victor Cordon, Câmara Municipal de Santarém, Câmara Municipal de Lisboa, Direção Geral das Artes – Governo de Portugal.
um lado / outro é a terceira iteração da série iniciada em 2017 no ciclo Nova-Velha Dança com do desconcerto, por um lado / da aventura, por outro, e que teve a sua segunda versão em 2021 no ciclo Novas Visualizações para Corpos em Ativação com por um lado / por outro.
Toda a série é uma incursão sobre a relação entre ato e conhecimento, visando aferir as dependências entre um e outro em corpos que aprendem e desaprendem, e confrontar a sua capacidade com a regulação do saber. Um foco recai na formação do conhecimento no ato da sua enunciação; como corpo e contexto, poder e possibilidade, se cruzam para situar o que acontece; ou como, do desconcerto entre memória e ação, o que se sabe perde sentido. Há também a confusão entre o que se sabe de um modo, o que se sabe de outro, e o que não se sabe porque foi esquecido. Razão, intuição, memória e tantas outras faculdades, entrelaçadas em várias sinestesias. Interessa-nos o assombro como condição para aprender, o acaso e a vontade como meios de um saber por vir; como aprendemos na ausência de pedagogias e como isso cria singularidades. Há o inconsciente, de que pouco se sabe, e há o outro, com “O” maiúsculo ou nem tanto. Estranheza e abertura quase para além do reconhecimento, se não o próprio. Em suma, um estudo sobre a própria condição de estudar.
Nove placas retangulares marcam o espaço, que se reconfigura à medida que são movidas em movimentos contínuos de cruzamento e interseção, empurradas, puxadas e tombadas por quem interpreta, que habita as arquiteturas resultantes. A mesma partitura anima as pessoas intérpretes, sem interação entre si ou com o público. Cada qual segue o seu percurso de gestos solipsistas, escolhendo o que fazer dentro de um conjunto de possibilidades predeterminado cujo foco é explorar o toque como relação com o próprio corpo e com o espaço. A concomitância e o desfasamento entre as ações distendem o acontecimento comum no tempo e oferecem a quem assiste o acesso ao mesmo gesto ou ação em momentos diferentes, próximos ou afastados, numa arquitetura temporal repetitiva mas continuamente variante, portanto espiralada.
O acontecimento assenta na relação entre três coreografias emergentes: os objetos, quem interpreta e o público. O contexto de apresentação deve permitir a circulação livre das pessoas pelo espaço, que permanece aberto ao exterior por não menos de 3 horas. Existe uma folha de sala distribuída ao público que inclui poesia concreta escrita especificamente para ser lida por quem assiste ao mesmo tempo que o acontecer decorre. Aqui, quem assiste é testemunha e leitora da paisagem de que faz parte, observada por outras pessoas. Diferentes atmosferas sonoras marcam as diferentes fases da performance, nas quais a linguagem surge em escrita sobre folhas de papel que se sobrepõem aos corpos de quem interpreta e os transfiguram.
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Carlos Manuel Oliveira (1980, Santarém) trabalha como artista nos campos da dança, coreografia e performance contemporâneas. Depois de um período dedicado à crítica da relação entre coreografia e dança — foi investigador em universidades da Europa e E.U.A., doutorando-se em 2016 pelo Programa UT Austin | Portugal com um estudo sobre os modos de existência dos objectos coreográficos—, dedica-se desde 2017 a produzir, criar e apresentar o seu trabalho artístico e curatorial, sem abandonar os mesmos problemas.
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