PAS DE DEUX - SESSÃO ADIADA PARA DATA A INDICAR
ANAGRAMAS IMPROVÁVEIS. OBRAS DA COLEÇÃO DE SERRALVES PAS DE DEUX
André Romão e Inês Grosso à conversa sobre Juliana Huxtable e Korakrit Arunanondchai
Bilheteira:
3€ (Amigos de Serralves, estudantes e maiores 65 anos: 50% desconto)
Esta conversa, organizada no âmbito do ciclo Pas de Deux, reúne Inês Grosso – curadora-chefe de Serralves e uma das curadoras de Anagramas Improváveis – e o artista André Romão, cuja obra, além de integrada nesta mostra, é atualmente apresentada no Museu de Serralves na exposição individual Calor (igualmente comissariada por Inês Grosso).
O nome deste programa de conversas espelha a forma como a exposição Anagramas Improváveis foi pensada e instalada, promovendo, em cada espaço expositivo, diálogos entre artistas de diferentes gerações e/ou oriundos de contextos geográficos muito diversificados. A conversa entre Inês Grosso e André Romão centrar-se-á no pas de deux entre a artista norte-americana Juliana Huxtable (Texas, 1987) e o tailandês Korakrit Arunanondchai (Bangkok, 1986). Apresentados imediatamente antes (ou depois) de trabalhos que refletem a relação das artistas Lourdes Castro e Joan Jonas com a natureza envolvente, as obras de Huxtable e Arunanondchai interrogam a própria ideia de natureza, e que ela esteja irremediavelmente separada de alguma coisa que possa ser entendida como humano. Autor de autênticos mundos visuais fantásticos, que cruzam referências muito diversificadas (nomeadamente religiões e culturas populares orientais e ocidentais) e memórias pessoais, as esculturas e instalações de Arunanondchai sublinham ser a hibridez (no seu caso, desde logo cultural) uma das principais características da arte produzida nos nossos dias. A confirmá-lo estão as obras de Juliana Huxtable vizinhas em Anagramas Improváveis da escultura de Arunanondchai, que sublinham o interesse da artista pelas intersecções entre raça, género e identidade. Navegando pelos mundos da música, das redes sociais, das artes visuais e da performance sem privilegiar nenhum meio ou contexto, a prática de Huxtable é, na forma como se desenvolve e nas questões que solicita e ativa, um exemplo paradigmático da fluidez, das mutações e do hibridismo que também encontramos nas obras de Arunanondchai e de André Romão.