A Propósito da Produção Fotográfica de Manoel de Oliveira
Conversas Com Serralves
#ConversasComSerralves
Horário: 18:00
Evento online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória para c.almeida@serralves.pt
O link de acesso será enviado após conclusão do período de inscrições
© Ana Brígida
Com Pedro Mexia, escritor e crítico literário, e António Preto,
diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
Se a passagem de Manoel de Oliveira pela fotografia foi uma
etapa determinante do seu percurso como cineasta, as mais de cem imagens que se
apresentam na exposição “Manoel de Oliveira Fotógrafo” são, também, uma das
grandes surpresas que o arquivo pessoal do realizador reservava. Produzidas
entre o final dos anos 1930 e meados dos anos 1950, estas imagens, guardadas
durante várias décadas e, na sua maioria inéditas, revelam não só uma faceta
ignorada do realizador — a sua atividade como fotógrafo —, como ajudam a
compreender melhor algumas das singularidades do seu cinema. Entre a exploração
dos valores clássicos da composição e o espírito modernista que animou a
primeira fase da sua produção cinematográfica, estas fotografias espelham, de
facto, as múltiplas vertentes da pesquisa levada a cabo por Oliveira no domínio
das imagens estáticas, experiências que, em muitos casos, dialogam intimamente
com a sua produção fílmica.
Nesta conversa com Pedro Mexia, a exposição “Manoel de Oliveira
Fotógrafo” servirá de mapa a uma deambulação entre fotografias e filmes,
através de imagens e narrativas, ou por entre espectros, obsessões e reflexos
fugazes que tomam forma na obra do realizador.
Relacionado
Pedro Mexia nasceu em Lisboa, em 1972. É crítico literário e
cronista do Expresso. Participa nos programas Governo Sombra (SIC-N / TSF)
e PBX (Expresso / Antena 1). Foi sub-diretor e diretor interino da Cinemateca
Portuguesa – Museu do Cinema e exerce atualmente funções de consultor
cultural do Presidente da República. Publicou cinco volumes de diários, sete
livros de poemas, antologiados em Poemas Escolhidos (2018), e
sete coletâneas de crónicas, a penúltima das quais, Lá Fora (2018),
venceu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores.
Coordena a coleção de poesia da Tinta-da-china. É co-diretor da Granta
em língua portuguesa.