Comemoração do Dia Mundial das Zonas Húmidas
CONVERSAS COM CIÊNCIA
50 anos da Convenção de RamsarConversas Com Ciência
Horário: 18:00
Evento online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através deste link
O
link de acesso será enviado após conclusão do período de inscrições
A
sessão Conversas Com Ciência comemora o Dia Mundial das Zonas Húmidas e os 50
Anos da Convenção de Ramsar, assinalados a 2 de fevereiro, e contará com a
presença dos oradores convidados José Teixeira (CIIMAR) e Sandra Sarmento
(Instituto da Conservação da Natureza e Florestas do Norte), com
moderação de Sandra Ramos (CIIMAR).
A
importância das pequenas massas de água para conservação da biodiversidade e
dos serviços dos ecossistemas.
A
investigação nas últimas décadas tem demonstrado que os charcos desempenham um
papel ambiental de enorme valor, completamente desproporcional ao seu pequeno
tamanho. Entre os serviços ambientais que prestam, contam-se a sua importância
na gestão e disponibilidade de água superficial, controlo de cheias, alta
produtividade primática e sumidouro de carbono, e albergarem uma biodiversidade
excecional. Contudo, provavelmente devido ao seu pequeno tamanho, o valor dos
charcos tem sido subestimado, encontrando-se, por exemplo, em grande parte
excluídos da Diretiva-Quadro da Água na Europa, embora esta se destine a
proteger "todas as massas de água".
Nesta
sessão, será apresentada a importância dos charcos e a necessidade da sua
proteção para ajudar a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, proteger a
biodiversidade e fornecer valiosos serviços dos ecossistemas.
Orador José Teixeira
Os
desafios da gestão das zonas húmidas em contexto de alterações climáticas
O Dia
Mundial das Zonas Húmidas é celebrado anualmente no dia 2 de fevereiro em
virtude da adoção da Convenção sobre Zonas Húmidas no dia 2 de fevereiro de
1971.
A
nível mundial, cobrem uma área superior a 12,1 milhões de quilómetros quadrados
e favorecem a mitigação de cheias, a produção de alimentos, a melhoria da
qualidade da água e o armazenamento de carbono.
São
incrivelmente importantes para a manutenção da biodiversidade do
nosso planeta,, desempenhando um papel relevante, como soluções naturais, na
adaptação e mitigação do impacte das mudanças climáticas. Os solos húmidos são
altamente vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e precisam de
ser protegidos, considerando os valores ambientais e socioeconómicos elevados
que acarretam.
As
zonas húmidas são de facto uma proteção natural, eficaz e económica contra
desastres, ajudando as populações humanas a mitigar e lidar com os eventos
climáticos extremos, áreas estas que quando bem geridas, garantem que as
comunidades sejam resilientes e possam recuperar, por si só, de desastres.
É, pois, urgente desenvolver ações que ajudem a conservar e a promover o
uso sustentável das zonas húmidas!
Oradora Sandra Sarmento
Parceiro Científico
Relacionado
José
Teixeira é doutorado em biologia e coordenador do Gabinete de Comunicação de
Ciência do CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental
- Universidade do Porto). Entre outras tarefas, é responsável pelo
desenvolvimento e implementação de projetos de literacia do oceano, como a
Campanha “Ocean Action”, direcionada para a sensibilização da sociedade para o
problema do plástico no Oceano. No âmbito desta Campanha, é também responsável
pela curadoria das exposições temáticas “Mar de Plástico” e “Monstros
Marinhos”, que combinam ciência, arte e multimédia como ferramentas
disseminação.