90 ANOS DE “DOURO, FAINA FLUVIAL” COM OS SENSIBLE SOCCERS
Conversas Com Serralves
#ConversasComSerralves
Horário: 18:00
Evento
online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através
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19 de setembro de 1931 é a data da primeira
apresentação pública de Douro, Faina Fluvial, no Salão Central, em
Lisboa, no âmbito do V Congresso Internacional da Crítica. O filme provocou
reações muito diferentes, tendo sido entusiasticamente recebido por muitos dos
críticos estrangeiros que estavam na sala ao mesmo tempo que era pateado por muito
do público português, a ponto de o reconhecido dramaturgo Luigi Pirandello ter
perguntado se era hábito em Portugal aplaudir com os pés. Esse momento afirmou
o nome de um jovem realizador, Manoel de Oliveira, então com apenas 22 anos.
Em 2021 celebram-se os 90 anos dessa estreia e, como
tal, os 90 anos do início da carreira do mais aclamado cineasta português. Em
jeito de comemoração, a banda Sensible Soccers prepara, desde
o ano passado, um cine-concerto que promoverá um novo olhar sobre o cinema de Oliveira,
a partir de Douro, Faina Fluvial e O Pintor e a
Cidade (1956) – cuja composição original dará origem a um novo álbum
intitulado, simplesmente, “Manoel”.
Enquanto se aguarda pela apresentação, na Fundação de
Serralves, do resultado desse trabalho de investigação artística, os três
elementos da banda, André Simão, Hugo Gomes e Manuel Justo, conversarão no
próximo dia 10 de março, pelas 18h00, com Ricardo Vieira Lisboa (assistente de
programação da Casa do Cinema Manoel de Oliveira) sobre o processo de trabalho
que têm vindo a desenvolver em diálogo com esses dois filmes.
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Os Sensible Soccers editaram o seu
primeiro EP em 2011. Desde então, a banda deu mais de 200 concertos e
participou em eventos de projeção internacional como o Primavera Sound,
Festival Paredes de Coura, Boom Festival, Vodafone Mexefest, Rock In Rio ou a
primeira edição portuguesa do Boiler Room. Editaram também “Fornelo Tapes
Vol.1”, o single “Sofrendo Por Você” e, em 2014, lançaram o
primeiro longa-duração, intitulado “8”, que foi unanimemente considerado pela
imprensa nacional como um dos melhores discos editados nesse ano. Em 2016 saiu
o álbum “Villa Soledade” e, em 2019, “Aurora”, produzido por B Fachada.
A sonoridade da banda não é fácil de compartimentar,
uma vez que abordam estéticas muito variadas em diferentes temas. Sem
esconderem o gosto pelas melodias pop, na construção dos seus temas
fogem ao formato tradicional de canção, optando maioritariamente por estruturas
e arranjos em progressão. Têm trabalhado em espetáculos ao vivo, com artistas
visuais (como Laetitia Morais e Pedro Maia), e criaram, em 2017, uma
banda-sonora alternativa para o filme mudo O Homem da Câmara de
Filmar (1929), de Dziga Vertov.