90 ANOS DE “DOURO, FAINA FLUVIAL” COM OS SENSIBLE SOCCERS

Conversas Com Serralves

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10 MAR 2021

Horário:  18:00

Evento online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através deste link

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2103 90 ANOS DE “DOURO, FAINA FLUVIAL” COM OS SENSIBLE SOCCERS


19 de setembro de 1931 é a data da primeira apresentação pública de Douro, Faina Fluvial, no Salão Central, em Lisboa, no âmbito do V Congresso Internacional da Crítica. O filme provocou reações muito diferentes, tendo sido entusiasticamente recebido por muitos dos críticos estrangeiros que estavam na sala ao mesmo tempo que era pateado por muito do público português, a ponto de o reconhecido dramaturgo Luigi Pirandello ter perguntado se era hábito em Portugal aplaudir com os pés. Esse momento afirmou o nome de um jovem realizador, Manoel de Oliveira, então com apenas 22 anos.

Em 2021 celebram-se os 90 anos dessa estreia e, como tal, os 90 anos do início da carreira do mais aclamado cineasta português. Em jeito de comemoração, a banda Sensible Soccers prepara, desde o ano passado, um cine-concerto que promoverá um novo olhar sobre o cinema de Oliveira, a partir de Douro, Faina Fluvial O Pintor e a Cidade (1956) – cuja composição original dará origem a um novo álbum intitulado, simplesmente, “Manoel”. 

Enquanto se aguarda pela apresentação, na Fundação de Serralves, do resultado desse trabalho de investigação artística, os três elementos da banda, André Simão, Hugo Gomes e Manuel Justo, conversarão no próximo dia 10 de março, pelas 18h00, com Ricardo Vieira Lisboa (assistente de programação da Casa do Cinema Manoel de Oliveira) sobre o processo de trabalho que têm vindo a desenvolver em diálogo com esses dois filmes.


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Os Sensible Soccers editaram o seu primeiro EP em 2011. Desde então, a banda deu mais de 200 concertos e participou em eventos de projeção internacional como o Primavera Sound, Festival Paredes de Coura, Boom Festival, Vodafone Mexefest, Rock In Rio ou a primeira edição portuguesa do Boiler Room. Editaram também “Fornelo Tapes Vol.1”, o single “Sofrendo Por Você” e, em 2014, lançaram o primeiro longa-duração, intitulado “8”, que foi unanimemente considerado pela imprensa nacional como um dos melhores discos editados nesse ano. Em 2016 saiu o álbum “Villa Soledade” e, em 2019, “Aurora”, produzido por B Fachada. 

A sonoridade da banda não é fácil de compartimentar, uma vez que abordam estéticas muito variadas em diferentes temas. Sem esconderem o gosto pelas melodias pop, na construção dos seus temas fogem ao formato tradicional de canção, optando maioritariamente por estruturas e arranjos em progressão. Têm trabalhado em espetáculos ao vivo, com artistas visuais (como Laetitia Morais e Pedro Maia), e criaram, em 2017, uma banda-sonora alternativa para o filme mudo O Homem da Câmara de Filmar (1929), de Dziga Vertov.

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