A ARQUITETURA EVOLUI COM A ESPÉCIE? A ESPÉCIE CONDICIONA A ARQUITETURA?
Conversas Com Serralves
#ConversasComSerralves
Horário: 18:00
Evento
online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através
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Enquanto humanos, somos finitos. Enquanto
representação do tempo, de um tempo, a arquitetura roça a eternidade. Enquanto
humanos, temos vivido cada vez mais tempo, mas sabemos as limitações do tempo.
Enquanto construção artificial dos espaços e amálgama de múltiplos saberes, a
arquitetura é o mais poderoso laço de união entre os tempos. Da Antiguidade
clássica à contemporaneidade, os edifícios concebidos e imaginados pelo homem,
sobrevivem ao homem.
A maior parte de nós vive o seu dia a dia sem
prestar atenção às soluções arquitetónicas que nos rodeiam, seja no espaço
público, seja no domínio privado. Um dia as nossas vidas passam por uma
transformação de tal ordem radical e ameaçadora, que somos forçados a
confrontar-nos com as perguntas nunca antes feitas. Queremos saber como
poderão, a arquitetura e os arquitetos, contribuir com soluções novas para
resolver problemas que, não sendo novos, ganham agora nova pertinência.
Estão os arquitetos conscientes do seu impacto na
sociedade? Está a sociedade atenta à importância dos arquitetos? Numa sociedade
cada vez mais envelhecida, há respostas novas para serem dadas no domínio do
projeto e da construção da casa? A saúde e o bem estar ocupam o essencial das
preocupações humanas nesta fase do século que vivemos. Será a boa arquitetura
uma questão de saúde e bem estar? A arquitetura importa?
Sempre a arquitetura nos afetou enquanto coletivo.
Faz parte das nossas vidas. Interfere no modo como vivemos. Ainda assim, será
que a arquitetura nos interessa?
À volta destas questões e outras ainda nem
sonhadas, desenvolver-se-à a conversa entre Manuel Sobrinho Simões e Eduardo
Souto de Moura, com moderação de Valdemar Cruz.
Relacionado
Eduardo Souto de Moura (1952) é arquiteto, licenciado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1980, ano em que iniciou a sua atividade profissional. Enquanto estudante, colaborou nos ateliês de Noé Dinis, Álvaro Siza e Fernandes de Sá, entre 1974 e 1979, tornando-se Professor Assistente na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto em 1981, e Professor Catedrático em 2010.
Foi professor convidado na Faculdade de Arquitetura de Paris-Belleville, na Universidade de Harvard, na Universidade de Dublin, no ETH de Zurique, na Escola Politécnica Federal de Lausanne, na na Academia de Mendrisio e no Pólo de Mântua do Politécnico de Milão.
Entre outros projetos, destacam-se: o Centro Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, no Porto, pelo qual venceria o Prémio SECIL, em 1992; o Estádio Municipal de Braga pelo qual venceria o Prémio SECIL, em 2004; a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, pelo qual venceria o Prémio SECIL, em 2011, bem como o Prémio Internacional de Arquitetura atribuído pelo Chicago Athenaeum: Museum of Architecture and Design + European Centre for Architecture, Art, Design and Urban Studies.
Dignas de nota são também as intervenções patrimoniais no Convento de Santa Maria do Bouro, em Amares, nos atuais Museu dos Transportes e Comunicações e Centro Português de Fotografia, no Porto, tal como as intervenções territoriais na marginal de Matosinhos, no sistema de metro do Porto e de Nápoles.
Entre vários galardões, recebeu o Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (1996), o Prémio Pessoa (1998), o Prémio Heinrich-Tessenow (2001), a Medalha da Academia de Arquitetura de França (2010), o Prémio Pritzker (2011), o Prémio Wolf (2013), o Prémio de Arquitetura Ibero-Americana (2016), o Prémio Piranesi (2017), o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2018), o Prémio Arnold W. Brunner (2019) e a Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes (2023).
Foi igualmente condecorado com a Medalha de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1995), de Grande-Oficial da Ordem do Mérito (1999), de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’lago da Espada (2012), e a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (2019).