O CINEMA NA ERA DA TELE-PANDEMIA (E DEPOIS…)
Conversas Com Serralves
#ConversasComSerralves
Horário: 18:00
Evento
online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através
deste link
O link de acesso será enviado após conclusão do período de inscrições
O isolamento social, que o atual contexto de pandemia impôs à
escala global, trouxe para primeiro plano a comunicação à distância, o que fez
com que todo um conjunto de hábitos sociais que, até aqui definiam e faziam
parte do espaço público, passassem, nos tempos em que vivemos, invariavelmente
a ser antecedidos pelo prefixo tele-. A pandemia veio, assim,
radicalizar o triunfo – mesmo que forçado – da era da globalização digital que,
há muito, vem apresentando, como uma comodidade, todo um cardápio de alternativas
virtuais ao que nos habituámos a reconhecer como comunidade.
O cinema, entendido até aqui como um ato social, como uma
assembleia de espetadores que partilham, conjuntamente, a experiência de um
filme e fazem dessa partilha (do visto e do sonhado) vivência da cidadania,
está hoje envolto num questionamento de todas as coordenadas que
tradicionalmente o definiam: o dispositivo, a sala, os meios técnicos
necessários à sua produção, a distribuição, a programação e, fundamentalmente,
o seu alcance.
As perguntas que se impõem, face à normalização do acesso ao
cinema “à distância” através de plataformas streaming, não podem,
por isso, ignorar as implicações que decorrem desta aparente mudança de
paradigma, sobre a qual refletiremos com José Manuel Costa, diretor da
Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, que estará à conversa com António
Preto, diretor da Casa do Cinema Manoel de Oliveira.
Relacionado
José Manuel Costa, Diretor da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema desde 2014. Licenciado em Engenharia Eletrotécnica, ocupou vários cargos na Cinemateca, onde começou a exercer funções em 1975 e onde foi nomeadamente responsável pelo projeto e a edificação do ANIM (Dept. Arquivo Nacional das Imagens em Movimento). Foi membro do Comité Executivo da FIAF (Federação Internacional de Arquivos de Filmes) em 1993-95 e Presidente do Comité Executivo da ACE (Association des Cinémathèques Européennes) em 1991-98. Ensinou na FCSH NOVA (1989-2019) e na ESTA (Abrantes, 2008-2010). Fundou o Doc’s Kingdom-Seminário Internacional de Cinema Documental, que dirigiu entre 2000 e 2010. Entre outros escritos, é autor/editor de monografias sobre David W. Griffith, Robert Flaherty, Joris Ivens e Cinema Indiano, e coautor de obras sobre Frederick Wiseman e Cinema Chinês.