Da morte morrida (ou matada?) da crítica às mil vidas da auto-edição

Para uma Timeline a Haver

Conversa

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09 JUL 2021

Horário: 18:30

Lotação: 25 pessoas

Acesso: gratuito, com inscrição prévia obrigatória para ser.educativo@serralves.pt

2107 Conversa Coreia 9 jul

Lançamento da 4ª edição do Coreia, seguida de conversa com João dos Santos Martins (editor), Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira e Joclécio Azevedo.

A Fundação de Serralves inaugurou a 22 de abril, na 6ª edição do Festival DDD – Dias da Dança Para uma timeline a haver: genealogias da dança como prática artística em Portugal, uma exposição que interroga o desenvolvimento e a disseminação da dança como prática artística em Portugal, nos séculos XX e XXI , da autoria dos artistas e investigadores Ana Bigotte Vieira,  João dos Santos Martins e Carlos Manuel Oliveira .

Levada a cabo intermitentemente desde 2016 e para sempre em aberto, a exposição relaciona eventos de matriz social, política, cultural, biográfica e artística, possibilitando uma leitura comparada e contribuindo para criar alguma familiaridade com obras, autores, cânones, corporalidades, épocas e mundividências, ao mesmo tempo que os interroga estética e politicamente. Neste âmbito, foi programado um conjunto de visitas guiadas e de conversas em que coreógrafos, bailarinos, ensaístas e historiadores tanto “lêem” e apresentam a exposição como relacionam as suas vivências com o que nela é dado a ver. A exposição torna-se assim espaço crítico e de partilha, gerador de múltiplas abordagens e possibilidades de leitura.


A propósito do lançamento do jornal Coreia uma conversa sobre a lenta morte (ou o assassinato) da crítica e as mil vidas da auto edição. Nesta conversa mais do que (merecidamente) lamentar o dito declínio da crítica que perde terreno para o jornalismo (de novo e de novo até ao infinito), procura-se interrogar os modos como este fenómeno, conjugado com as potencialidades Do-it yourself dos novos meios, e a maior formação académica e interdisciplinar dos artistas, tem levado a um renovado interesse pela auto-edição e a publicação de escritos de artistas - o que, por sua vez, estenderá à página, ao site e ao ensaio (escrito ou visual), todo um campo de experimentação crítica, teórica e existencial, ampliando os modos críticos de recepção das obras.

 

Coreia é um projecto editorial de carácter artístico, crítico e discursivo, a propósito das artes em geral, firmado numa relação umbilical com a dança. Independente, experimental e internacionalista, o jornal, de tiragem semestral e distribuição gratuita, está focado no discurso produzido pelas obras e pelos artistas, e preocupado em divulgar formatos vários como partituras, manifestos, entrevistas, crónicas, ensaios, críticas e reflexões em língua portuguesa.

Estimulados pela apresentação deste projecto editorial, ocorrerá uma conversa sobre o renovado interesse pela auto-edição e a publicação de escritos de artistas, o que por sua vez estenderá à página, ao site e ao ensaio (escrito ou visual), todo um campo de experimentação crítica, teórica e existencial.

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Joclécio Azevedo
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Joclécio Azevedo
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Joclécio Azevedo nasceu no Brasil em 1969). Vive no Porto desde 1990. Os seus trabalhos atravessam diferentes disciplinas artísticas, tendo-se dedicado mais intensamente à criação coreográfica a partir de 1999. Participa regularmente em projetos de criação e investigação, desenvolvendo colaborações e integrando residências artísticas em diversos contextos, dentro e fora do país. Foi diretor artístico do Núcleo de Experimentação Coreográfica entre 2006 e 2011. É membro da direção plenária da GDA (Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas), desde 2008 e do Conselho de Curadores da Fundação GDA desde 2010. Artista residente da Circular Associação Cultural a partir de 2012. Desde 2013, participa regularmente como formador no FAICC – Formação avançada em interpretação e criação coreográfica da Companhia Instável. Em 2016 trabalhou como assistente convidado no Curso de Especialização em Performance na FBAUP. Colabora, desde 2016, com o grupo Sintoma – Performance, Investigação e Experimentação, orientado por Rita Castro Neves na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Participou em projetos de diversos criadores ligados às artes plásticas ou performativas, como por exemplo Miguel Pereira, Isabelle Schad, Joshua Sofaer, Cildo Meireles, Tino Seghal, Peter Bebjak/Juraj Korec, Jean-Marc Heim, Ronit Ziv, Gary Stevens, Simone Forti, André Guedes, E. M. de Melo e Castro, Joana Providência, João Paulo Seara Cardoso, Ana Figueira, Isabel Barros e Né Barros. www.nenhum.org

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