Os cetáceos, o grupo icónico constituído por baleias, golfinhos e botos, são espécies estritamente protegidas, estrategicamente importantes e sentinelas, desempenhando papéis essenciais no funcionamento dos ecossistemas, incluindo o aumento da produtividade e a captura de carbono. Ainda assim, as suas populações estão ameaçadas por múltiplos fatores de stress, com efeitos cumulativos. Alterações na distribuição dos cetáceos e indícios de deterioração da sua saúde podem servir como alerta precoce para um futuro declínio populacional, mas estes sinais muitas vezes não são detetados através da monitorização tradicional. Com o advento da era digital, têm surgido novas formas de monitorização, constituindo oportunidades únicas para implementar metodologias inovadoras em benefício das populações de cetáceos que ocorrem nos oceanos.

Nesta conversa, será abordada a utilização de tecnologias não invasivas e inovadoras para responder aos desafios de monitorização relacionados com a distribuição e a saúde dos cetáceos, bem como os desafios inerentes à utilização destas metodologias e os futuros desenvolvimentos neste campo.

Investigador: Raul Valente