Nesta sessão abordam-se as estratégias cinematográficas dos anos 1960 – quando o cinema alemão era a nova, mas não única, ferramenta para criar uma nova sociedade. Poderoso, belo, envolvente – o cinema era o caminho. Kluge ensinava, juntamente com Edgar Reitz, na academia de Ulm, a sucessora da Bauhaus. O que dava uma história só por si – apenas 24 alunos, dos quais apenas 15 terminaram o curso, mas esses chegaram ao fim com cinema a correr-lhes nas veias, até aos dais de hoje: Ula Stöckl, Claudia von Aleman, entre poucos outros. Simultaneamente, as ideias de cinema/ coletivos de distribuição evoluíram de modo a envolver o público das margens do cinema. Inspirados pela cooperativa de realizadores de Jonas Mekas, em Nova Iorque, fundou-se uma cooperativa em Hamburgo e outra em Londres. Hamburgo tornou-se no núcleo dos cineastas avant-garde que apresentavam os seus trabalhos no novo festival aí criado. Muitos egos e energia anárquica. A política entrou no cinema em 1968 de uma forma intelectual – através de Haroun Farocki, que expandia os limites – e de uma forma muito sensual – com Roland Klick.

Sem público não há necessidade de fazer cinema! Então, envolva-se o público ; )

Comissarido por Maike Mia Höhne