DANÇA-ADAM LINDER

Casa de Serralves
24-26 MAR | 15H00-18H00 27 MAR | 11H00-14H00 |

Acesso: Bilhete Geral e Bilhete Casa de Serralves


2203 DANÇA-ADAM LINDER

ADAM LINDER

Shelf Life

(blood/barre/brain/cells)

Performers: Leah Katz, Justin Kennedy, Mickey Mahar, Brooke Stamp

Encomenda de commissioned by The Museum of Modern Art, New York


Com a Shelf Life, uma obra para quatro bailarinos originalmente concebida para o Kravis Studio do MoMA, o coreógrafo e performer australiano Adam Linder reconhece que a dança já faz parte do contexto museológico. O ponto de partida é a sua anterior série Choreographic Services, que afirmava um método para a coreografia funcionar dentro das artes visuais.

Shelf Life é uma performance interativa que se iniciou com três elementos centrais: a barra, o sangue e o cérebro, expandindo-se agora para incluir as células para esta ocasião na Casa de Serralves. Estes órgãos coreográficos actuam em conjunto e com a arquitetura em que estão ativos para produzirem um sistema nervoso metafórico para a dança. A barra, onde o movimento começa, é uma base para a resistência sustentada das habilidades dos bailarinos; o sangue é a força energética que impulsiona o corpo através do espaço e em relação com outros corpos; o cérebro—realizado simultaneamente por um par de bailarinos—são os olhos e ouvidos do sistema, caracterizados pelo nosso comportamento animal mais fundamental; e as células, oferecem estímulo a este sistema a partir de uma nova geração. Shelf Life anuncia-se  como um sistema coreográfico que pesquisa registos metabólicos variados, de humanos e máquinas, para mediar a finitude física do corpo performativo de um bailarino.


Adam Linder é um coreógrafo que trabalha em cenários teatrais e em galerias. Muitos dos seus trabalhos focam-se em experimentar e re-articular certas formas, géneros e contextos para a dança e as artes performativas. Texto, figurinos, criação sonora e filme fazem parte da sua actividade criativa como coreógrafo, no qual tende a existir uma abordagem gesamtkunstwerk [obra de arte total] às suas performances. Os seus recentes trabalhos a solo ou para duas pessoas incluem o Museum of Modern Art (2020); South London Gallery (2018); Kunsthalle Basel (2017) e Schinkel Pavillon, Berlin (2016).Em 2018, a CCA Wattis iniciou a exposição Adam Linder: FULL SERVICE, que viajou para o Musée d'Art Moderne Grand-Duc Jean, no Luxemburgo, em 2019. As suas criações em palco foram apresentadas pela HAU Hebbel am Ufer, Berlim; Kampnagel, Hamburgo; TEATRO REDCAT/Calarts Los Angeles; Sadler's Wells, Londres; PICA, Portland e Bienal Danza, Veneza. Linder participou na 20.ª Bienal de Sydney (2016), na Bienal de Liverpool (2016) e Made in LA (2016) no Hammer Museum, em Los Angeles,  tendo sido distinguido com o Prémio Mohn de excelência artística. Em resultado deste prémio, Linder publicou a monografia Who Is Surfing Who. Em 2021, estreou o seu mais recente trabalho em palco, LOYALTY, e foi convidado a realizar o filme Violence's Detour para o Ballet de Lyon. Em 2022, a instalação coreográfica Shelf Life (MoMA, 2020) é apresentado no Museu de Serralves, no Porto, e concebida uma nova peça de palco para o Ballet de Lorraine, na temporada 2022/2023. 


Performers: Leah Katz, Justin F. Kennedy, Mickey Mahar, Brooke Stamp


Leah Katz é uma bailarina natural de Massachusetts, atualmente a viver e a trabalhar em Berlim. Concluiu o seu BFA em dança da SUNY Purchase em 2009. Apresentou-se e colaborou internacionalmente com Adam Linder, Tino Sehgal, Alexandra Pirici, Jeremy Shaw/Justin F. Kennedy, Dafna Maimon, Kat Válastur, Liz Magic Laser & Sanya Kantarovsky, Deutsche Oper Berlin e Staatsoper Berlin. Recebeu uma bolsa de estudo do DanceWEB, em 2017.



Justin F. Kennedy é um bailarino natural de St. Croix, Ilhas Virgens. Estudou dança e estudos étnicos na Wesleyan University e coreografia, na HZT Berlin (Hochschulübergreifendes Zentrum Tanz Berlin), e liderou workshops sobre trance dance e ópera de ficção científica.

Kennedy dançou com e para muitos artistas, incluindo Emma Howes, Mark Fell, Tino Sehgal, Ligia Lewis, Jeremy Shaw, Adam Linder, Peaches, Faustin Linyekula e Wu Tsang.


Mickey Mahar é um bailarino e performer, natural de Wisconsin, Milwaukee, atualmente a residir em Berlim. Trabalha principalmente com artistas que apresentam performances no contexto das artes visuais e, mais recentemente, colaborou com as artistas Anne Imhof e Maria Hassabi. Desde que se licenciou no Vassar College, em 2012, Mahar trabalhou profissionalmente em diversas instituições artísticas incluindo o Solomon R. Guggenheim Museum, Whitney Museum of American Art, Kunsthalle Basel, Hamburger Bahnhof eTate Modern, bem como na Documenta 14 e na 57ª Bienal de Veneza.


Brooke Stamp é uma bailarina, coreógrafa e professora australiana. A sua carreira abrange duas décadas e inclui um prolífico trabalho com a Melbourne-based experimental dance company Phillip Adams BalletLab. Stamp dançou em obras de Adam Linder, Miguel Gutierrez, Maria Hassabi, Rebecca Hilton e Shelley Lasica, e tem colaborado regularmente com a artista australiana Agatha Gothe-Snape. Atualmente frequenta o doutoramento no Victorian College of the Arts, em Melbourne.

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