Darktraces: on ghosts and spectral dances Joana Castro

“Ser assombrado por um fantasma é recordar algo que nunca se viveu, ter a memória do que essencialmente nunca esteve presente.” - Jacques Derrida

Uma dança na desaparição do seu próprio rastro. Sem pertença. O que foi e já não é materializa-se em corpos que dão lugar às suas múltiplas existências, fantasmas de si, já extintos ou por vir, que tanto pertencem à matéria como à memória, à imaginação e à realidade percecionada, ao visível e ao oculto. Partilham de uma solidão existencial entre a vida e a morte.

Joana Castro desenvolve o seu trabalho entre a dança, a performance e o som, apresentando as suas obras em Portugal, Bélgica, França, Alemanha e Brasil, destacando Perto... tanto quanto possível (2014), PARADISUM (2015), SU8MARINO (2017), RITE OF DECAY (2019/20), Darktraces (2021) e and STILL we MOVE (2021) em colaboração com Maurícia | Neves. 

Iniciou os seus estudos no curso de dança no Balleteatro Escola Profissional em 2003, frequentou o curso PEPCC (Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica) no Fórum Dança em 2008, foi bolseira do NEC em 2009, em 2013 particiou no DanceWeb Schoolarship Programme do Festival Impulstanz, em Vienna e em 2016/17 frequentou o curso de pós-graduação em performance na Faculdade de Belas Artes do Porto. Como performer colaborou com Carlota Lagido, Né Barros, Joclécio Azevedo, Victor Hugo Pontes, Ana Borralho e João Galante, Bruno Alexandre, entre outras.