Ao longo do ano, a Exposição Reservas da Biosfera – Rede Portuguesa e CPLP, patente no Parterre Lateral do Parque de Serralves, será acompanhada por um Ciclo de Conversas com o objetivo de dar a conhecer melhor o valor patrimonial destes territórios, verdadeiros laboratórios vivos de sustentabilidade. Através da organização desta exposição e da sua programação paralela, Serralves associou-se ao Comité Nacional do Programa Man and the Biosphere e à Comissão Nacional da UNESCO.

Reserva da Biosfera Berlengas, Peniche

Laboratório vivo para atividades humanas e conservação da biodiversidade

A Reserva da Biosfera das Berlengas/Peniche (RBB) inclui o arquipélago das Berlengas, um corredor marítimo e a cidade de Peniche. Com cerca de 14750 habitantes, a RBB abrange uma área total de 18502.3 ha, correspondendo 4% a área terrestre e 96% a área marinha. A modernidade e a tradição estão bem patentes neste território, sendo o turismo costeiro e a pesca as suas principais atividades económicas. O arquipélago das Berlengas, que contém os ecossistemas e habitats com maior valor de conservação, está localizado na plataforma continental Portuguesa, a uma distância média de 5,7 milhas náuticas do continente. O valor biológico da área marinha, o elevado interesse botânico, a relevância para a avifauna marinha e a presença de interessante património arqueológico subaquático são alguns dos seus fatores chave. Inclui igualmente um património geológico de elevado valor, em que o seu expoente máximo é o geomonumento da Ponta do Trovão - classificado pela IUGS como GSSP do andar Toarciano (Jurássico Inferior).A Reserva inclui o arquipélago das Berlengas (Berlenga, Farilhões - Forcadas e Estelas), um corredor marítimo e a cidade de Peniche. Abrange uma área total de 18502.3 ha, correspondendo 4% a área terrestre e 96% a área marinha. O arquipélago contém os ecossistemas e habitats com maior valor de conservação e está localizado na plataforma continental portuguesa a uma distância de 5.7 milhas náuticas do continente. A classificação de Reserva da Biosfera (RB) atribuída pela UNESCO ao território em 2011, é o reconhecimento do seu enorme valor patrimonial e de responsabilização dos diferentes atores em alcançar os compromissos de sustentabilidade.

Reserva da Biosfera de Castro Verde

A Reserva da Biosfera de Castro Verde situa-se no sul de Portugal, no interior da região do Baixo Alentejo.

Estas extensas planícies do distrito de Beja são o centro da região do Campo Branco. Nestas terras chãs de relevo suave, onde a vista se perde até ao horizonte, imperam os campos agrícolas de sequeiro, com searas, prados naturais, pousios, restolhos e leguminosas, que caracterizam as estepes cerealíferas.

Com uma população de perto de 7 mil habitantes, a Reserva da Biosfera tem uma baixa densidade populacional, inferior a 13 hab/km2. Apesar do emprego na atividade agrícola ter diminuído muito nas últimas décadas, o cultivo de cereal de sequeiro associado à produção de gado em regime extensivo, continua a ser responsável pela manutenção da paisagem que carateriza esta Reserva.

O complexo mineiro de Neves-Corvo, a maior mina de cobre da Europa, de extração de zinco e cobre, destaca-se como o principal empregador da região.

A Reserva da Biosfera de Castro Verde detém a mais importante área de estepe cerealífera de Portugal, sendo uma das mais representativas da Península Ibérica e da Europa. Destaca-se a abundante comunidade de aves, com cerca de 200 espécies, que incluem as aves estepárias como a abetarda (Otis tarda), o sisão (Tetra tetrax), o cortiçol-de-barriga-negra (Pterocles orientalis), a águia-caçadeira (Circus pygargus), o peneireiro-das-torres (Falco naummani) e o Rolieiro (Coracias garrulus).

Reserva da Biosfera Paúl do Boquilobo

A Reserva da Biosfera abrange uma área de 7621 ha e uma população residente de 8400 habitantes, apresentando-se como um espaço com elevado potencial ao nível do turismo sustentável. O património genético, nomeadamente do cavalo lusitano, o património arquitetónico, o património rural, o património artístico e os eventos culturais tornam esta região única.

Contribui em simultâneo para a conservação dos valores naturais, favorecendo a conservação da paisagem, dos ecossistemas e das espécies, fomentando o equilíbrio entre a natureza e o desenvolvimento social, cultural, e económico, promovendo o desenvolvimento sustentável.