Conversa com LUIS MIGUEL CINTRA E CRISTINA REIS
LUIS MIGUEL CINTRA - PEQUENO TEATRO DO MUNDO
Bilhete: 3€
Desconto de 50% para Amigos de Serralves, jovens até aos 18 anos, estudantes e maiores de 65 anos.
Comprar Bilhete
Luis Miguel Cintra é, nas suas próprias palavras, "uma pessoa do teatro", o que não invalida que seja também, desde 1970, um dos atores mais marcantes do cinema português. Cofundador, com Jorge Silva Melo, do Teatro da Cornucópia, Cintra encenou e interpretou centenas de peças, clássicas e contemporâneas, que se contam entre as mais importantes da dramaturgia mundial, de Eurípedes a Bertolt Brecht, de Gil Vicente a Samuel Beckett, de William Shakespeare a Heiner Müller. No que respeita à Cornucópia, a atividade teatral de Luis Miguel Cintra é indissociável do trabalho da cenógrafa e figurinista Cristina Reis, colaboração que se inicia dois anos após a fundação da companhia e se estende por mais de quarenta anos, tendo a cenógrafa criado igualmente cenários e figurinos no Teatro Nacional D. Maria II, na Culturgest e no Teatro Nacional São Carlos, entre outros.
Esta conversa entre Luis Miguel Cintra e Cristina Reis, será uma oportunidade privilegiada para aceder à intimidade dos processos seus criativos, uma partilha de experiências que será também um momento de reflexão sobre o trabalho nos bastidores do teatro.
Relacionado
Cristina Reis nasceu em Lisboa, em 1945. Frequentou o curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, em 1960, iniciando em simultâneo a sua formação em Design no Curso de Design Básico no atelier de Daciano da Costa em Belém. Entre 1966 a 1970, fez o curso de Arte e Design Gráfico, no Ravensbourne College of Art and Design, em Inglaterra. No regresso, participou ativamente na realização da 1ª e da 2ª Exposição de Design Português, produzida em 1971 e 1973, pelo o Núcleo de Design do Instituto Nacional de Investigação Industrial (INII). Entre 1974 e 1975, formou com o arquiteto/designer António Sena da Silva, entre outros, a cooperativa DEZ, que se dedicava à realização de exposições para a Indústria, que consistiam, essencialmente, em representações portuguesas através do Fundo de Fomento de Exportação. Em 1975, iniciou atividade como cenógrafa, figurinista e designer gráfica no Teatro Cornucópia, sob a direção de Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra. Para dedicar-se à cenografia, propõe-se entre 1979 a 1981, a um estágio de cenografia na Schaubühne Am Halleschen Ufer, em Berlim. De regresso ao Teatro Cornucópia, assumiu a direção do Teatro juntamente com Luís Miguel Cintra, iniciando uma longa parceria artística. Num período de quarenta anos de trabalho na Cornucópia, Cristina Reis dedicou-se ao desenho da totalidade dos cenários, dos adereços de palco, dos figurinos e também da imagem gráfica de cada peça. Desenvolveu a maioria dos cartazes, dos programas e de todo suporte gráfico necessário para a comunicação do Teatro. Além do Teatro Cornucópia, Cristina Reis criou também cenários e figurinos para outras instituições como o Teatro Nacional D. Maria II, a Culturgest, o Teatro São Luiz, o Teatro Rivoli ou o Teatro Nacional de São Carlos. Durante este período, foi distinguida com vários prémios, destaca-se o Prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão (1997); o Prémio Almada/Teatro pelo conjunto da sua obra, atribuído pelo Ministério da Cultura (1999); o Prémio Nacional de Design/ Centro Português de Design (2000); o Prémio Gulbenkian Artes (2010), ou o Prémio da Crítica de Teatro (2015).
