RODA DE CONVERSA
Zanele Muholi
Arquivo negro cuír vivo: Palavras partilhadas da comunidade negra LGBTQ+ em Portugal | Com curadoria de Geanine Escobar
Lotação: 50 pessoas
Acesso: 3€ (Amigos de Serralves, estudantes e maiores 65 anos: 50% desconto)

A obra de Zanele Muholi ensina-nos a documentar e reescrever as histórias de pessoas negras cuír, honrar o presente e o futuro das nossas próprias imagens de resistência a todo o ódio, ameaças e morte, sobretudo, motiva-nos a continuar a questionar, reivindicar e lutar pela justiça interseccional de género, raça, classe e sexualidade, dentro e fora dos museus.
Este encontro procura ser um retorno às nossas diferentes experiências enquanto artistas, ativistas, pesquisadores LGBTQ+, compartilhadas a partir das nossas próprias vozes, da nossa própria linguagem, fazer artístico, reelaborações, curadorias, imaginações políticas possíveis e memórias cuír. Um espaço no qual todas as pessoas que participaram do Projeto Faces&Phases, no contexto da Exposição Zanele Muholi, no Porto, em Portugal, sejam escutadas, vistas e celebradas.
Entendemos a palavra “cuír” enquanto um ato político de resistência epistêmica e visibilidade das nossas identidades negras dissidentes, imigrantes, afrodiaspóricas e aquilombadas, assim como os nossos corpos e saberes enquanto tecnologias ancestrais de sobrevivência às violências coloniais quotidianas: arquivo negro cuír vivo.
Convidades que integram o Projeto Faces&Phases, Portugal: Andreia Coutinho (ela), Atija Assane (ela), Cinna Solar (ela), Fatumata Tida Djabula (elu/ele), Moniki Nelsa Augusto (ela) e Winnie Hernandez (ela)
Performance: Seja Bem Vinde de Luan Okun
Mediação
Geanine Escobar (ela) - pesquisadora, ativista cultural e curadora
Jesualdo Lopes (ele) - cineasta, curador e fundador do The Blacker The Berry Project
Performance de Luan Okun
Seja Bem Vinde é um ritual em constante mutação - que se desfaz e se refaz a cada encontro. Entre memórias de infância e desejos de recomeço, algo nasce — ou renasce. Uma vida possível, um corpo por inteiro, um gesto presente. A performance convoca o público a testemunhar esse instante de travessia: onde brotam perguntas sobre origem, cuidado, pertença e transformação. Quem pode gerar o novo? Quem tem o direito de nascer? Como acolher o que chega? O performer escreve, sonha e oferece: um gesto, um nome, um agora onde o a-mar não é exceção — é ponto de partida.
Apoio: Casa Odara.
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