SESSÃO DE CINEMA

SESSÃO DE CINEMA: FAMALICÃO | A CANÇÃO DE LISBOA

DOMINGOS NA CASA DO CINEMA: MANOEL DE OLIVEIRA E O CINEMA PORTUGUÊS 1

com apresentação de Maria Irene Aparício, professora e programadora de cinema

Casa do Cinema Manoel de Oliveira
02 ABR 2023 | 18H00

Todos os filmes serão apresentados na sua língua original.

Por motivos de força maior o programa poderá ser alterado.


O filme A Canção de Lisboa é apresentado em nova cópia digital proveniente da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema.


Acesso

Bilhete (1 sessão): 3€

Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

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2abr FAMALICÃO | A CANÇÃO DE LISBOA
A Canção de Lisboa (1933), José Cottinelli Telmo

02 ABR | DOM | 18:00

FAMALICÃO
Manoel de Oliveira | 1940 | 23’

A CANÇÃO DE LISBOA
José Cottinelli Telmo | 1933 | 93’


Com apresentação de Maria Irene Aparício, professora e investigadora de cinema

A Canção de Lisboa é um dos filmes que mais vincadamente modelou o que pode entender-se como um cinema popular português, tendo fundado o subgénero da “comédia à portuguesa”. Este foi também o primeiro filme português sonoro integralmente produzido em Portugal, um filme que, além disso, convocou criadores de outras artes: o arquiteto Cottinelli Telmo (aqui realizador), o pintor Carlos Botelho (assistente de realização), o escritor José Gomes Ferreira (na montagem), Almada Negreiros (responsável pelos cartazes do filme) e, claro, Manoel de Oliveira, já então realizador de vanguarda – com o seu Douro, Faina Fluvial –, que aqui é ator, interpretando o papel do galã Carlos. A necessidade de fazer deste projeto um grande sucesso de público (o que se traduziu na escolha dos mais populares atores da revista para os principais papéis, Vasco Santana, Beatriz Costa e António Silva) prendia-se com a inauguração de uma possível indústria de cinema em Portugal e com a tentativa de transformar o filme num objeto de prestígio. A escolha de Manoel de Oliveira para o papel de galã não foi, portanto, inocente. Como o próprio o recordou, querendo os produtores do filme atrair o público do Norte para esta produção essencialmente lisboeta, não hesitaram em convidá-lo, dada a sua notoriedade como desportista. Em entrevistas da época, o realizador foi questionado acerca dos resultados dessa experiência e, desde logo asseverou que um próximo filme que fizesse nada teria que ver com esse. De facto, Aniki Bóbó (1942) pouco, ou nada, se parece com o estilo da comédia (com os seus trocadilhos e enganos), ainda que a curta metragem Famalicão, de 1940, com a narração de Vasco Santana, conte com o estilo inconfundível do ator.


Sessão incluída no ciclo Domingos na Casa do Cinema: Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1, paralelo à exposição Manoel de Oliveira e o Cinema Português 1. A Bem da Nação (1929-1969) patente na Casa do Cinema Manoel de Oliveira.

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Maria Irene Aparício
Maria Irene Aparício
Maria Irene Aparício
Maria Irene Aparício

Maria Irene Aparício (Ph.D., Universidade Nova de Lisboa, 2011) é investigadora no CineLab – Laboratório de Cinema e Filosofia e Professora Auxiliar no Departamento de Ciências de Comunicação da NOVA FCSH – UNL. Atualmente é PI do Projeto A-PLACE Linking places through networked artistic practices, financiado pela EACEA – Education, Audiovisual and Culture Executive Agency | Creative Europe | European Commission, sob a Coordenação de Leandro Madrazo (La Salle School of Architecture, Ramon Llull University, Barcelona). É investigadora no projeto “A Integração de Refugiados: uma avaliação dos deveres morais de assistência e das políticas de integração no cotexto das políticas e dos valores europeus“, desenvolvido no contexto do EPLab, sob a Coordenação de Gabriele De Angelis. Entre 2008 e 2013 foi investigadora no projeto Cinema e Filosofia: Mapa de um Encontro. O seu trabalho de pesquisa e reflexão está atualmente focado nas relações do Cinema com as outras Artes, e com as Humanidades, nomeadamente nas temáticas da memória, ética e estética e respetivas dimensões filosóficas. Doutorou-se em Ciências da Comunicação, especialidade Cinema, na Universidade Nova de Lisboa, com a tese “Luz e Arquitectura do Espaço no Cinema: Imagem, Memória e Emoção na Década da Mente”. É autora de vários artigos e ensaios, nomeadamente sobre arte, perceção e ciência, tendo apresentado várias comunicações e palestras sobre as implicações epistemológicas e artísticas do cinema.

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