DESCENDANCE DU NUJIMMY ROBERT
O MUSEU COMO PERFORMANCE
Instalação / Performance
Instalação
04 – 05 NOV | 10:00 – 19:00 | Museu
Performances
04 NOV | 16:30, 18:30 | Museu

DESCENDANCES DU NU, 2016
A prática de Jimmy Robert oscila entre vários formatos: fotografia, desenho, vídeo, escultura e performance, campos em que investe com o seu corpo e voz. O título da obra “Descendance du nu” é uma referência direta à famosa pintura de Duchamp de 1912: “Nu descendo uma escada”. Embora tenha causado um escândalo, esta pintura acabou por marcar uma grande viragem na história da arte e fez de Duchamp um dos pais da arte moderna e contemporânea. A esta figura paterna, Jimmy Robert liga mães, ou seja, artistas femininas que reproduziram à sua maneira o motivo do nu descendo uma escada: Elaine Sturtevant, Sherrie Levine e Louise Lawler, todas as três conhecidas por emprestarem a sua credibilidade à cópia e à apropriação, dinamizando questões de autoria e originalidade, ao transformarem a prática artística numa infinita recirculação de imagens.
Performando a história da arte, um corpo rastejante, no chão, vulnerável e tendo descido de vez por todas as escadas, provoca sentimentos confusos; a qualquer momento, é provável que o riso se torne o lado oculto do desejo.
Apoio: Esta obra é apresentada com o apoio do Institut Français e do projeto MaisFRANÇA, uma temporada concebida pelo Institut Français du Portugal com o apoio dos mecenas Claude & Sofia Marion Foundation, JC Decaux, BNP Paribas, Mexto e Credibom.
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Jimmy Robert nasceu em Guadalupe (FR) em 1975. Formou-se no Goldsmiths College em Londres e na Rijksakademie em Amsterdão.
A sua obra abrange performance, fotografia, filme, vídeo, desenho e colagem, muitas vezes fazendo colapsar as distinções entre esses media. O interesse de Robert em como o corpo pode ser personificado através de materiais, e o inverso, é uma força que integra o seu trabalho de longa data com performance com a sua prática mais ampla.
Robert foi objeto de uma exposição retrospetiva de meio de carreira, ‘Akimbo’, na Nottingham Contemporary, em 2020, que viajou para o Museion, Bolzano e CRAC Occitanie, Sète. As suas exposições individuais incluem ‘Asymmetrical Grammar’, Moderna Museet, Malmo (2023), ‘All dressed up and nowhere to go’, Kunsthalle Baden-Baden (2022), ‘Frammenti’, Thomas Dane Nápoles; ‘la musique dans la chambre’, Künstlerhaus Bremen (2022); ‘Tobacco Flower’ The Hunterian, Glasgow (2021); ‘Descendances du nu’, La Synagogue De Delme, France (2018); A clean line that starts from the shoulder, Museum M, Luvaina (2017); ‘Draw the Line’, Power Plant, Toronto (2013); ‘Vis-à-vis’, Museum of Contemporary Art, Chicago (2012); and ‘Langue Matérielle, Jeu de Paume, Paris (2012). As performances de Robert foram também apresentadas na Tate Britain, em Londres; MoMA, Nova Iorque e Museu Migros, Zurique. Apresentou uma performance de grande escala na Performa 17 em Nova Iorque (2017). A sua recente performance ‘Joie Noire’ estreou em 2019 no KW Institute of Contemporary Art, Berlim e viajou para o Kaaitheater, Bruxelas e Centre nacional de la danse, Pantin-Paris.