Para O Museu como Performance a dupla Caló e Queimadela realizou um conjunto de cianotipias a partir de uma recolha de plantas do Parque de Serralves. Para produzirem travellings e espirais dentro das imagens, filmaram as mesmas em movimentos verticais e circulares por ação manual na água. Estas “sombras” editadas digitalmente e projetadas numa instalação vídeo imersiva, serão o mote para uma intervenção sonora do músico João Pais Filipe.

Mariana Caló e Francisco Queimadela conheceram-se na Faculdade de Belas-Artes do Porto e trabalham colaborativamente desde 2010. A sua prática artística combina filme, fotografia e escultura para a criação de instalações íntimas e imersivas, em que as fronteiras entre sonho, realidade, ficção, objetividade e espontaneidade são constantemente alteradas e diluídas. Apesar da atmosfera fantástica que os caracteriza, a maioria dos projetos parte de processos de pesquisa e de investigação, ou de trabalho de campo, expressando preocupações ambientais e propondo um diálogo entre o biológico, o vernacular e o cultural. Enquanto alguns dos seus trabalhos iniciais envolviam uma reflexão sobre os significados físicos, filosóficos e simbólicos de tópicos densos como o Tempo, trabalhos mais recentes exploram uma via complementar, tentando capturar aquilo que de extraordinário a vida quotidiana pode revelar.

DESMAIO DA NATUREZA

17:00, performance (com João Pais Filipe), 50'

18:00 - 20:00, instalação pós-performance