SARA MANENTE, MOLD
O Museu como Performance – 8º Edição
17:30
Como transpor os princípios de contaminação e de conexão dos micro-organismos (bactérias, leveduras e bolores) para a escala da dança e do corpo? Recorrendo à biologia, dança, moda e artes visuais, Sara Manente (Veneza, 1978) desenvolve atualmente uma pesquisa na intersecção das artes vivas e da micologia (estudo dos fungos). Inspirada nos processos de fermentação e nos métodos de cultura de micélio (um fungo), a sua mais recente criação, MOLD, aborda a performance como um ambiente imersivo em que cada corpo e cada objeto que a compõem interagem e se afetam mutuamente – como nas culturas biológicas vivas.
10 SET, 17:30
MOLD, 90’
Auditório
11 SEP, 15:00
A MOLD SPILLOVER – Deambulações no museu, 20’
Galerias do Museu
Conceção e direção: Sara Manente.
Performers: Gitte Hendrikx, Sara Manente e Marcos Simoes.
Som: Christophe Albertijn.
Aromas e figurinos: Sofie Durnez.
Iluminação: Estelle Gaultier.
Micélios e imagens: Deborah Robbiano.
Apoio dramatúrgico: Jaime Llopis.
Olhar exterior: Edurne Rubio.
Produção: Hiros.
Coprodução: C-Takt, WpZimmer, Kaaitheater, Kunstencentrum BUDA, WIELS, Far° Festival.
Apoio: de Vlaamse Overheid
Agradecimentos: Kunst/Werk, Xing, Bart Van den Eynde, Simon Charlier, Günbike Erdemi, Natan @ Nãm Mushrooms
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Imagem © Susanna Hofer
Sara Manente é uma coreógrafa, performer e inestigadora que vive e trabalha em Bruxelas. Os seus projetos circulam em torno de tópicos como linguagem/opacidade/ruído/hibridez/quimera/terceiro. Interessada em aproximar performer, trabalho e espectador, realiza trabalhos em diferentes escalas e
formatos: lançamento de livros, filmes 3D, escrita de textos, entrevista, peça coreográfica, oficina, experiência telepática, etc.
As suas peças coreográficas mais notáveis são Lawaai means Hawaai (2009) e Faire un four (2011), seguidas por um longo projeto de pesquisa focado em ekphrasis e na relação crítica entre dança e linguagem: Spectacles (2016-18). Entre 2012 e 2019, Manente trabalhou com Marcos Simoes questionando noções de colaboração e a relação com a audiência através de performances e oficinas: This place, x: I liked B better/ y: I am 29 too, Tele Visions e Lava. Em 2019, recebeu uma bolsa de pesquisa das autoridades flamengas para Wicked technology/Wild fermentation: “Ao associar práticas de fermentação, feminismo e pesquisa artística, estou interessada em chegar a técnicas que transformem pensamento, perceção e fazer, em culturas vivas (biológicas) e nas artes vivas.”
Sara Manente é mentora regular do programa a.pass e foi professora no KASK, ISAC, ZUYD e DOCH. Tem vindo a colaborar e a interpretar coreografias de Juan Dominguez, Kate McIntosh, Aitana Cordero Vico, Marcos Simões, Jaime Llopis, Nada Gambier, Gaëtan Bulourde, Andrea Maurer, Begüm Erciyas e Beatrice Balcou.