ARS AD HOC playsJULIUS EASTMAN, SARAH HENNIES, PAULINE OLIVEROS
Leonilson: Drawn 1975-1993
CONCERTO FINISSAGE EXPOSIÇÃO LEONILSON: DRAWN 1975-1993
Acesso
Bilhete: 7,50€
Estudante/Jovem, maiores de 64 e Amigos de Serralves: 3,75€
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Leonilson (1957—1993) foi um dos mais destacados membros de um movimento da arte brasileira conhecido como Geração 80. Este conjunto de artistas celebrava a liberdade recém-adquirida com a queda da ditadura militar, em 1985, o que incluía a integração de posições de crítica social.
Um diagnóstico de SIDA, em 1991, veio marcar a vida de Leonilson. Decide então tornar mais pública a sua homossexualidade e intensifica o carácter autobiográfico e intimista das suas obras. Nas interseções entre registos diarísticos, abordagens à temática do desejo e (homo)erotismo, questionamentos das verdades e das hipocrisias dos bons costumes bem como na advocacia da pluralidade, encontramos a dimensão política de um ativismo cultural em defesa da diversidade e tolerância, crítico do preconceito e da normatividade.
Para assinalar o encerramento da exposição retrospetiva de Leonilson em Serralves, o ensemble de música contemporânea ars ad hoc apresenta um programa que reúne música de compositores que marcam o reconhecimento de comunidades queer: a “música orgânica” de Julius Eastman contrasta com a provocação dos títulos de várias das suas obras, consonantes com a audácia com que assumia a sua identidade gay e negra; a música minimalista da compositora e percussionista Sarah Hennies, habitada pelas ressonâncias da sua investigação e identidade sociopolítica e psicológica enquanto mulher trans e queer; e uma peça de Pauline Oliveros, compositora fundamental na história da música de vanguarda cujas inovações radicais simultaneamente se enraizavam e alimentavam movimentos feministas, nomeadamente lésbicos.
Programa:
JULIUS EASTMAN, Piano 2 [1986], 15’
SARAH HENNIES, Lake [2018], 15’
(violino, piano e vibrafone)
PAULINE OLIVEROS, Tree/Peace [1984], 23’
(violino, violoncelo e piano)
ARS AD HOC
Diogo Coelho, violino
Gonçalo Lélis, violoncelo
João Casimiro Almeida, piano
Nuno Aroso, percussão
Diana Ferreira, direção artística
Coprodução: Fundação de Serralves e Arte no Tempo