FESTIVAL LUSOSONIC
Festival Lusosonic Villa Arson
Entrada Livre
No âmbito da Temporada França – Portugal 2022, a Villa Arson (Nice), em colaboração com o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, apresenta o FESTIVAL LUSOSONIC.
Os dois programadores do evento, Arnaud Maguet (artista e professor na Villa Arson) e Pedro Rocha (curador de artes performativas em Serralves) convidam doze artistas de várias gerações e ligados à música portuguesa de carácter mais exploratório, passando pela música experimental, improvisação, performance sonora, música eletrónica de dança ou pela canção. Projeções, performances, concertos e sessões de DJ irão suceder-se, entre as 16:00 e as 3:00, em quatro espaços da Villa Arson (interiores e exteriores).
Programa:
Rita Maia & Vasco Viana
Batida de Lisboa (2019, 65′)
(exibição de filme)
Grande Anfiteatro, 16:00.
Os dois realizadores levam-nos aos subúrbios desfavorecidos de Lisboa para descobrir a cena afrodescendente portuguesa, desde os mais velhos a tocar a música do país de origem em instrumentos mais ou menos tradicionais, mais ou menos transformados, à nova geração que também carrega estes ritmos mas injetando-os numa vaga de música eletrónica que vai permeando e vitalizando pistas de dança por todo o mundo.
Pedro Rocha
(DJ set)
Quiosque do Jardim, 17:00
Pedro Rocha, curador do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, especializado nas áreas do som, música e performance, oferece uma viagem, tão estranha como cativante, com base numa seleção de entre o panorama musical vanguardista português, incluindo música criada desde o final dos anos 1970 até aos nossos dias.
Xavier Paes
Berrante e Passage to Crystallization
(performances)
Galeria de Ensaios, 19:00
O jovem artista português apresentará duas performances sonoras reativadas para esta ocasião com a participação de alunos da Villa Arson. Uma será acústica e hipnótica, e a outra eletrificada e eletrizante.
Margarida Garcia & Jorge Queijo
(contrabaixo e bateria)
Grande Salão, 20:00
A contrabaixista e o baterista oferecem um concerto acústico, numa colaboração inédita, baseada nas ressonâncias específicas da arquitetura brutalista do salão principal da Villa Arson onde materiais, corredores e ângulos potenciam experiências auditivas particulares.
Violeta Azevedo
(flauta transversal e eletrónica)
Terraço Sul, 21:00
A jovem flautista, ladeada por vários pedais eletrónicos, propõe-se a levar-nos longe, muito longe, sob o sol poente da Côte d'Azur. O seu navio será o terraço sul da Villa Arson com a sua vista panorâmica, em direção ao horizonte.
João Carlos Pinto & Pedro Branco
(eletrónica e guitarra)
Terraço Sul, 22:00
O jovem compositor e o experiente guitarrista constituem um dueto/duelo que, de forma lúdica e instintiva, vê osciladores e cordas a vibrar em frenesim à medida que a escuridão se abate sobre a cidade e os lobos substituem os cães.
Bernardo Devlin
(voz e eletrónica)
Grande Salão, 23:00
Bernardo, no grande salão da Villa Arson transformado em cenário de cabaré, envia-nos a uma garagem enfumarada habitada pelos párias do país, os marginalizados, aqueles que, na casa dos cinquenta, mandam os seus corpos descansar de volta à casa da mãe e a sua alma encalhar em recifes sintéticos. A sua voz, essa é bela e triste. É talvez a de um neo-fado. Alguns chamam-lhe Scott Walker à portuguesa.
Von Calhau
(eletrónica, máquinas e voz)
Grande Salão, 00:00
À dupla formada por Marta Ângela e João Alves conhece-se um mundo de vozes ululantes entoadas de joelhos numa catedral digital e sintetizadores analógicos usados num cinto como colts num filme western. Ele desembainha os seus rosnados eletrónicos, ela faz a noite gemer como uma bruxa lusitana cavalgando a eletricidade pelo ar.
DJ Nigga Fox
(DJ set)
Grande salão, 01:00 – 03:00
Rogério Brandão aka DJ Nigga Fox já percorreu os clubes e palcos de alguns dos melhores festivais do mundo (Sónar, Roskilde, Unsound…). É um dos principais impulsionadores da editora Príncipe Discos que agita as noites lisboetas, ao lado de Nervoso, Nidia, Niagara ou do seu fundador DJ Marfox. A música resultante é uma mistura de kuduro, batida, afro-house, pagode brasileiro, kizomba, tudo revisto e corrigido com molho Fruity Loops. Nigga Fox acaba de assinar um excelente EP pela lendária editora inglesa Warp Records.
Este evento conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian – Delegação em França que o cofinanciou no âmbito do programa EXPOSITIONS GULBENKIAN de apoio à arte portuguesa junto de instituições artísticas francesas e UCArts (Culture Université Côte d'Azur), Université Côte d' Azur, via fundos IDEX.