SESSÃO DE CINEMA

SESSÃO DE CINEMA: ZÉRO DE CONDUITE | LITTLE FUGITIVE

ANIKI-BÓBÓ - 80 ANOS

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
05 NOV 2022 | 17H00

Todos os filmes serão apresentados na sua língua original e legendados em português.

Por motivos de força maior o programa poderá ser alterado.

Acesso

Bilhete (1 sessão): 3€

Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

ANIKI-BÓBÓ - 80 ANOS

05 NOV | SÁB | 17H00
ZÉRO DE CONDUITE

Jean Vigo

FR | 1933 | 41 min.

LITTLE FUGITIVE

Ray Ashley, Morries Engel, Roth Orkin

USA | 1953 | 80 min.

ZÉRO DE CONDUITE

Jean Vigo


Zéro de conduite, o mais celebrado dos filmes de Jean Vigo, retrata as falhas e limitações do sistema educativo francês dos anos 1930, através de um grupo de rapazes que se rebela contra o seu repressivo professor, o que não deixa de ter afinidades com as tendências anarquistas do próprio realizador. O filme viria a ser uma forte influência para Manoel Oliveira na realização de Aniki-Bobó, em especial no que respeita à inocência, socialmente consciente, com que se retrata a infância. Como recordaria mais tarde o realizador português, “vi Zéro de conduite […], mas já depois de ter realizado o meu primeiro documentário Douro, Faina Fluvial, numa posterior viagem, aliás a primeira que fiz a Paris, em que pude ver dele todos esses filmes que só conhecia por leituras, na Cinemateca, graças a Madame Meerson Merson [1902-1993, companheira de Henry Langlois, fundador e diretor da Cinemateca Francesa], assim como filmes de outros realizadores, impossíveis de serem vistos em Portugal, naquela época.” Esta visão retrospetiva da obra de Vigo seria marcante para Oliveira, não só na realização de Aniki-Bóbó, como, anos mais tarde, na realização do documentário Nice… À propos de Jean Vigo (1983) sobre o realizador francês e a sua relação (cinematográfica) com a cidade de Nice.


LITTLE FUGITIVE

Ray Ashley, Morries Engel, Roth Orkin


Se há filme norte-americano que influenciou a Nouvelle Vague francesa, esse filme é Little Fugitive. Em boa verdade, Les Quatre cents coups (1959), de François Truffaut, resulta do impacto que Zéro de conduite e Little Fugitive tiveram sobre ele (“A Nouvelle Vague nunca teria existido se não fosse o jovem norte-americano Morris Engel, que nos mostrou o caminho da produção independente”). Realizado por um conjunto de fotógrafos de rua – além de Engel, o filme é coassinado pela fundamental fotógrafa e fotojornalista Ruth Orkin, responsável também pela montagem, e por Raymond Abrashkin; quanto a Ray Ashley, além da realização e produção escreveu o argumento –, este filme reinventou uma relação com o exterior (do estúdio), com os atores (não profissionais) e com a cidade (neste caso Nova Iorque), aproveitando a singeleza de um olhar infantil e a inovação de uma pequena câmara portátil para enveredar por um périplo urbano através dos bairros de Brooklyn e Coney Island. Lennie, o irmão mais velho de Joey, prega-lhe uma partida que envolve ketchup e uma pistola de brincar. Acreditando ter cometido um homicídio e receando ser levado pela polícia, Joey apanha o comboio e passa dois dias à deriva, entre atrações de feira e uma noite ao relento.

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