FORTINI / CÃES | TODA A REVOLUÇÃO É UM LANCE DE DADOS
Retrospetiva Straub-Huillet
Sessão de cinema com apresentação de Saguenail
O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.
Bilheteira
Bilhete: 3€
Estudante/Jovem, maiores de 64 e Amigos de Serralves: 1.5€
Passe geral para todas as sessões
Público geral: 70€
Estudante/Jovem/ Maiores de 64 e Amigos de Serralves: 35€
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Sexta sessão da Retrospetiva Integral Straub-Huillet, com a projeção dos filmes "Fortini / Cães" (1976) e "Toda a revolução é um lance de dados" (1977), com apresentação de Saguenail.
Fortini / Cani | Fortini / Cães
Jean-Marie Straub e Danièle Huillet | ITA | 83' | 1976
Filmado nos Alpes Apuanos, Fortini / Cães coloca Franco Fortini, autor de Os Cães do Sinai, em relação direta com a paisagem montanhosa da Toscânia onde outrora os partisans foram massacrados pelas forças nazis. Na inabalável importância dada ao texto e à memória dos acontecimentos e dos lugares, Fortini lê a sua própria obra, onde “cita cada massacre, cada aldeia, e ainda que ele próprio não tenha lá ido, nós visitámos esses locais várias vezes. É um cinema topográfico e telúrico, com os Alpes Apuanos, essas montanhas de mármore, tão eternas quanto indiferentes, implacáveis, externas ao sofrimento e, ainda assim, o teatro da luta de classes. E esta é a definição marxista de Fortini do comunismo” (J.-M. Straub).
Toute révolution est un coup de dés | Toda a revolução é um lance de dados
Jean Marie Straub e Danièle Huillet | FRG, ITA, AUT | 11' | 1977
Com um título repescado a Jules Michelet sobre a Comuna de Paris, este pequeno filme recitativo parte do poema de Stéphane Mallarmé, revisitando a coralidade, que rapidamente se tornará um gesto identitário em Straub-Huillet, onde, no cemitério Père Lachaise, um grupo de pessoas (incluindo Danièle Huillet e Michel Delahaye), dispostas em semicírculo, recitam o poema de Mallarmé numa colina relvada sob a qual repousam os últimos membros da Comuna, abatidos nesse mesmo local."
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Nasceu em 1955, na cidade de Paris. Foi docente na UM, na ESMAE, na ESAP e na FLUP, onde ensinou língua e cultura francesas, pedagogia, literatura e cinema. Autor de uma vasta bibliografia (entre ensaios universitários e poesia, passando pela narrativa curta, pelo teatro e pela crítica) e filmografia (que inclui ficções e documentários), tem vindo a interrogar os códigos literários, cinematográficos e sociais. Fundou a revista de cinema «A Grande Ilusão» e é membro da associação «Os filhos de Lumière». De 2002 a 2013, foi programador e animador do ciclo anual «O Sabor do Cinema», no Museu de Serralves, entre 2015 e 2017, do «Nove e Meia» cineclube nómada, e entre 2018 e 2019, de «O Saber do Cinema» cineclube de rua. Anima o programa «Literama e Cinetura» de comunidades de espectadores dedicadas ao Cinema e à Literatura. Dirige o curso de crítica cinematográfica A Forja, no Batalha, Centro de Cinema. É membro-fundador do Centro Mário Dionísio/Casa da Achada. Vive e trabalha com Regina Guimarães desde 1975. Hélastre é o signo da sua obra comum.