A alimentação é uma necessidade básica dos seres vivos e um marco de civilização. Esta deve ser saudável e suficiente para assegurar o pleno desenvolvimento humano. Porém, uma alimentação desequilibrada, seja por défice ou por excesso, ocasionará o aparecimento de doença. Para enfrentar este desafio, é necessário olhar para os alimentos não só como vetores proporcionadores de uma função nutricional e organolética, mas também como capazes de prevenir doenças relacionadas com a nutrição, não descorando o seu contributo para a sustentabilidade ambiental. Cabe à ciência responder ao desafio de produzir mais e melhores alimentos para o bem-estar e saúde das populações. Mas como?

Nesta sessão serão apresentados e debatidos alguns dos exemplos que o Centro de Biotecnologia e Química Fina tem vindo a estudar neste domínio desde, aprimorar a qualidade nutricional dos alimentos pela redução de sal, de açúcares adicionados ou de gorduras saturadas e trans, otimizar a fortificação com micronutrientes para uma nutrição adequada, formular novos alimentos funcionais com um enfoque na promoção da saúde pela via da adição de ingredientes benéficos (probióticos, pré-bióticos, esteróis vegetais, ómega-3 entre outros) ou melhorar a qualidade de vida dos cidadãos com necessidades alimentares específicas com o desenvolvimento de alimentos modificados dirigidos (por exemplo alimentos para intolerantes à lactose).