SESSÃO DE CINEMA

Os olhos não querem estar sempre fechados ou Talvez um dia Roma se permita escolher por sua vez (Othon)

Retrospetiva Straub-Huillet

Sessão de cinema com apresentação de Luis Miguel Cintra

Casa do Cinema Manoel de Oliveira
01 OUT 2023 | 17:00

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

Bilhete: 3€
Estudante/Jovem, maiores de 64 e Amigos de Serralves: 1.5€


Passe geral para todas as sessões:
Público geral: 70€
Estudante/Jovem/ Maiores de 64 e Amigos de Serralves: 35€

Les yeux ne veulent pas en tout temps se fermer
"Os olhos não querem estar sempre fechados ou Talvez um dia Roma se permita escolher por sua vez (Othon)" (1969), Jean-Marie Straub e Danièle Huillet

Terceira sessão da retrospetiva Straub-Huillet, com a projeção do filme "Os olhos não querem estar sempre fechados ou Talvez um dia Roma se permita escolher por sua vez (Othon)", com apresentação de Luis Miguel Cintra.


Les yeux ne veulent pas en tout temps se fermer ou Peut-être qu’un jour Rome se permettra de choisir à son tour (Othon) | Os olhos não querem estar sempre fechados ou Talvez um dia Roma se permita escolher por sua vez (Othon)

Jean-Marie Straub e Danièle Huillet | FRA, ITA | 1969 | 88’


Othon representa um importante trabalho de resgate por parte de Straub-Huillet de uma peça injustamente esquecida de Pierre Corneille. Filmado nas ruínas do Monte Palatino com atores que trajam com indumentárias de época, embora tendo como pano de fundo a Roma contemporânea, o filme trabalha a colisão entre dois tempos distintos preservando a intriga de maquinação política da peça original. Othon é uma meditação sobre o “poder, ou seja, apenas a ameaça, a chantagem, o cinismo de uma classe que há séculos trabalha para a sua própria ruína e para a nossa”, ou ainda, um filme sobre “a decadência do Império Romano… e a ausência do povo na política, que persiste até hoje” (J.-M. Straub).

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Luis Miguel Cintra
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Luis Miguel Cintra inicia-se no teatro universitário em 1968. Durante 2 anos foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Bristol Old Vic Theatre School.  Em 1973 funda o Teatro da Cornucópia, com Jorge Silva Melo, que dirigiu, depois com a cenógrafa Cristina Reis, durante mais de 40 anos e onde trabalhou até 2016 como actor, encenador, tradutor e até cenógrafo e figurinista. em textos de todo o repertório teatral (cerca de 100 espectáculos).  Em 1984 participou com o seu grupo no Festival de Teatro da Bienal de Veneza. Ainda em 1988 encenou para o Festival de Avignon, o espectáculo La Mort du Prince et Autres Fragments de Fernando Pessoa com Maria de Medeiros, que voltou a apresentar no ano seguinte, no Festival de Outono de Paris. Em 1991 apresentou-se com o Teatro da Cornucópia em Bruxelas por ocasião da Europália e em Udine para uma das sessões de L'École des Maîtres que lhe foi dedicada. Em 1997 interpretou no Théâtre de la Commune-Pandora em Paris, Sertorius de Pierre Corneille, enc. de Brigitte Jaques. Em 2005 encenou no Teatro de la Abadía de Madrid Comedia sin Título de Federico Garcia Lorca. Participou em 2008 no espectáculo Dança da morte Danza de la Muerte, encenação de Ana Zamora com a Nao D’Amores, apresentado em Lisboa, Madrid e em muitas cidades de Espanha. Como encenador de ópera, dirigiu para o Teatro de São Carlos, Culturgest, Rivoli do Porto, Teatro Aberto e a própria Cornucópia, quase sempre em colaboração com o Maestro João Paulo Santos, obras de Ravel, Purcell, Mozart, Haydn, Honegger, Cherubini, Poulenc, Britten, Henze, etc. Gravou a leitura integral de Viagens na Minha Terra de A. Garrett e, Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco. Gravou também poemas de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, Ruy Belo, Camões, Antero de Quental, Gastão Cruz, dois sermões de António Vieira, todas as Canções de Camões e o Apocalipse de João. No cinema interpretou filmes de João César Monteiro, Paulo Rocha, Luis Filipe Rocha, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, Christine Laurent, José Álvaro de Morais, Pedro Costa, Joaquim Pinto, Maria de Medeiros, Patrick Mimouni, Teresa Vilaverde, João Botelho, Pablo Llorca, Jorge Cramez, John Malkovich, Raquel Freire, Jean-Charles Fitoussi, Catarina Ruivo, Margarida Gil, João Constâncio, João Nicolau, mas sobretudo de Manoel de Oliveira, de quem passou a ser intérprete em muitos dos seus filmes a partir de Le Soulier de Satin. Recebeu o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa em 1995 (Melhor Interpretação em Cinema) e em 1997 (Interpretação em Teatro) Globo de Ouro em 1999 para a Personalidade do Ano em Teatro, em 2003 Globo de Ouro para Melhor Actor de Teatro, Prémio Universidade de Coimbra (em 2005), Prémio Pessoa, 2005. Recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 9 de Junho de 1998. Em 2013 recebeu a Medalha de Conhecimento e Mérito do Instituto Politécnico de Lisboa. Foi, em 2014, a figura homenageada do Festival de Almada. Em Julho de 2016 foi homenageado no Teatro Municipal de São Luís com a atribuição do seu nome à sala principal. Em 2017 recebeu o prémio Árvore da Vida da Igreja Católica. Em 2021 foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 2022 recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Foi professor do Conservatório Nacional (Interpretação, na Escola de Teatro, e Direção de Actores, na Escola de Cinema).             

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