FÓRUM DO FUTURO: TRANSMISSÃO, POR CHRISTIAN BOLTANSKI

Auditório de Serralves
08 NOV 2018
ESGOTADO
Com moderação de Ricardo Nicolau, curador sénior e adjunto do diretor do Museu de Serralves.

Na Antiguidade, a nova possibilidade de transmitir, através da escrita, uma memória para o futuro, transformou de forma definitiva a noção de tempo e História. Desde então somos continuamente informados pelas narrativas dos nossos antepassados. Mas que narrativas são essas que determinam a nossa memória histórica? O que deixam de fora e qual a sua verdade?
Christian Boltanski, artista francês que se dedica à fotografia, pintura, escultura e instalação, desenvolveu nas últimas cinco décadas um trabalho irredutivelmente singular, mas que aborda questões universais como a perda, a memória, a infância e a morte, funcionando as suas obras frequentemente como memoriais para momentos históricos de grande impacto civilizacional. Nesta sua relação com a ideia de monumento, a prática de Boltanski assume um caráter atemporal, ou que relaciona e confunde tempos tão distantes como a Antiguidade e a contemporaneidade, num constante desafio à própria ideia de atualidade. Nesta conversa moderada por Ricardo Nicolau, curador sénior e adjunto do diretor do Museu de Serralves, o celebrado artista falará sobre o seu extenso trabalho, e sobre a sua relação com a transmissão de obras, da memória histórica e do conhecimento.
Esta conferência está integrada no Fórum do Futuro, um festival anual de pensamento comissariado pela Câmara Municipal do Porto. 
Lotação: 250 pessoasNota: A conferência será falada em francês, com tradução simultânea.Acesso: gratuito, mediante levantamento de bilhete emitido no próprio dia a partir da hora de abertura da bilheteira (levantamento máximo de dois bilhetes por pessoa)
CHRISTIAN BOLTANSKI Nascido em Paris em 1944, filho de um judeu ucraniano, o seu trabalho virá a ser indelevelmente marcado pelo Segunda Guerra Mundial e pelos anos da ocupação de Paris pela Alemanha Nazi, que aliás obrigaram o seu pai a passar à clandestinidade. O seu trabalho aborda as questões da perda, memória, infância e morte, funcionando frequentemente como memoriais para momentos históricos de grande impacto civilizacional: muitas das suas instalações fazem, por exemplo, referência às vidas perdidas durante o Holocausto. São paradigmáticos desta relação com a memória histórica do século XX os trabalhos que incluem fotografias de crianças judias vítimas do genocídio ou que são constituídos por acumulações de roupa em segunda mão que evocam as imagens dos campos de concentração. Christian Boltanski participou em exposições históricas, como as edições 5 e 8 da Documenta de Kassel (1972 e 1987) e apresentou recentemente exposições individuais em instituições como o Israel Museum, em Jerusalém (2018); o Instituto Valenciano de Arte Moderno (IVAM), em Valência (2016) e o Hangar Bicocca, Milão (2010), entre outras. O seu trabalho integra as coleções permanentes do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, da Tate Gallery, em Londres e do Centre Georges Pompidou, em Paris. O artista representou a França na Bienal de Veneza de 2011. Em Portugal, além de estar representado nas Coleções dos museus Berardo e Serralves, Boltanski teve mostras individuais na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, em Lisboa (2016) e na Fábrica Asa, em Guimarães, organizada pela Fundação de Serralves no contexto de Guimarães Capital Europeia da Cultura (2012). 
FÓRUM DO FUTURO: TRANSMISSÃO, POR CHRISTIAN BOLTANSKI
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