CICLO O QUE A MINHA DANÇA DIZ VERA MANTERO

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LUCKY DUSTPerformance de Vera Mantero e Mădălina Dan, 2023

Museu
12 NOV 2023 | 17:30

Bilhete: 7,5€
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Performance Lucky Dust
Timisoara Dragos_Fidu

Baseado numa Ideia, Práticas, Trabalhos e Textos de Vera Mantero;

Conceito e Direcção Artística Ștefania Ferchedău;

Coreografia e Performance Vera Mantero e Mădălina Dan;

Cenário Andrei Dinu;

Som e Direcção de Cena Alexandros Raptis, Alexandru Andrei;

Identidade Visual Daniel & Andrew Studio (Andrei Turenici);

Produção The Institute of the Present;

Co-produção O Rumo do Fumo


Produzido no âmbito da Timișoara 2023—Capital Europeia da Cultura

O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada pelo República Portuguesa - Cultura | DGArtes - Direcção Geral das Artes


Só podemos observar o passado. A cada momento, o presente que vivemos torna-se o passado de outra pessoa. O mesmo pode ser dito sobre o modo como o nosso olhar encontra a imensidão do universo ou as histórias pessoais. A distância percorrida pelo olhar para encontrar o seu objecto transforma tudo em passado.


Como é que a história se transforma em movimento, como é que um tema ou um interesse se transforma em movimento, o que pode ser proferido através do movimento e que procedimentos utilizar são as questões que estão no centro da performance "Lucky Dust", criada por Vera Mantero, Mădălina Dan e Ștefania Ferchedău, numa coprodução romeno-portuguesa do The Institute of the Present e d'O Rumo do Fumo.


Provocados por uma selecção de escritos e performances da coreógrafa portuguesa Vera Mantero, datados maioritariamente do final dos anos 80 e dos anos 90, juntamente com textos recentes escritos durante o processo de trabalho em 2022 e 2023, e geraram-se dois solos interpretados por Mădălina Dan e Vera Mantero.


Um corpo é o que nós somos no mundo. Depois há uma série de coisas que podemos fazer e que nos podem projectar materialmente para fora dele. Mas não podemos sair temporariamente do nosso corpo, não o podemos fazer até que uma dor passe, por exemplo. Ninguém se pode livrar do seu corpo, não se pode ser para além dele. É como se houvesse realmente um destino, um destino corporal: tudo o que estiver para acontecer no nosso corpo (de bom ou de mau) que não possamos dominar.


[Vera Mantero, O Meu Corpo e o dos Outros, 1988]


“Somos a nossa era, somos os nossos demónios, somos a nossa energia. Corpo anatómico, corpo fantasmático, corpo humoral, corpo fixo de biografia, conservação do corpo-persona artístico, auto-sabotagem do corpo de vida real. Camaradagem de hormonas, emoções intensas, erupção de sentimentos. Hormonas que nos deformam, nos emaciam, nos tornam outros. Só podemos desafiar tudo isto com uma enorme gargalhada explosiva.”


[Mădălina Dan, Entities, notas do processo LUCKY DUST 2023]


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A investigadora, editora, gestora de artes e mediadora Ștefania Ferchedău (n. 1979) efetua um trabalho de detetive de arquivos e entrevistas através da criação de diversos contextos nos quais o processo de trabalho do artista se torna visível, sendo atraída pela compreensão dos mecanismos internos do pensamento artísticos, assim como pela busca e geração de acesso não-mediado ao caminho que uma ideia, conceito ou texto podem tomar no apoio a uma obra de arte e na sua construção. Ștefania Ferchedău acredita que os projetos utópicos são essenciais à própria existência nas artes. Em 2016, fundou o Instituto do Presente, uma estrutura de pesquisa interdisciplinar que torna possíveis todas as coisas acima enunciadas.

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