Crónica de Anna Magdalena Bach | O noivo, a atriz e o proxeneta
Sessão de cinema com apresentação de Cristina Fernandes
O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.
Bilhete: 3€
Estudante/Jovem, maiores de 64 e Amigos de Serralves: 1.5€
Passe geral para todas as sessões:
Público geral: 70€
Estudante/Jovem/ Maiores de 64 e Amigos de Serralves: 35€
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Segunda sessão da retrospetiva Straub-Huillet, com a projeção dos filmes "Crónica de Anna Magdalena Bach" (1967) e "O noivo, a atriz e o proxeneta" (1968), com apresentação de Cristina Fernandes.
Chronik der Anna Magdalena Bach | Crónica de Anna Magdalena Bach
Jean-Marie Straub e Danièle Huillet | FRG, ITA | 1967 | 94’
Projeto longamente acalentado por Straub-Huillet desde meados dos anos 50 – este deveria ter sido o primeiro filme da dupla –, Crónica de Anna Magdalena Bach é construído com base em textos, correspondência e outros documentos, como o Necrológio de Carl Philipp Bach, filho de Johann Sebastian Bach, embora seja, de facto, a música do compositor alemão a verdadeira matéria-prima do filme. Muito para além do que se entende por filme biográfico, e não obstante os vários momentos musicais interpretados em som direto, por intérpretes que envergam trajes de época e, sob a direção de Gustav Leonhardt, executam as partituras de Bach nos mesmos locais onde haviam sido originalmente tocadas, o que aqui está em causa é “uma história de amor que não se parece a nenhuma outra: uma mulher que fala do seu marido, que amou até à morte. É isto, a história: nenhuma biografia pode ser feita sem um ponto de vista exterior e aqui este ponto de vista é a consciência de Anna Magdalena Bach.” (J.-M. Straub).
Der Bräutigam, die Komödiantin und der Zuhälter | O noivo, a atriz e o proxeneta
Jean-Marie Straub e Danièle Huillet | FRG | 1968 | 24’
Relacionando dialeticamente fontes de proveniências distintas – música de Bach, uma peça de Bruckner, poemas do frade místico Juan de la Cruz – a polifonia de O noivo, a atriz e o proxeneta é um eloquente exemplo da natureza curatorial que Straub-Huillet assumem quando trabalham textos de forma fragmentada. Straub sumarizou-o como um “filme-filme”, uma vez que “Machorka-Muff era um filme de vampiros; Nicht Versöhnt, um filme místico; a Crónica de Anna Magdalena Bach, um filme marxista” e, de todos eles, o mais aleatório e político, até mesmo por ser “baseado num noticiário (não há nada mais político do que um noticiário” (J.-M. Straub).
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