SESSÃO DE CINEMA: SCIUSCIÀ

ANIKI-BÓBÓ - 80 ANOS

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
16 DEZ 2022 | 19H00

Todos os filmes serão apresentados na sua língua original e legendados em português.

Por motivos de força maior o programa poderá ser alterado.

Acesso

Bilhete (1 sessão): 3€

Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

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SESSÃO DE CINEMA: SCIUSCIÀ ANIKI-BÓBÓ - 80 ANOS

16 DEZ | SEX | 19H00
SCIUSCIÀ

Vittorio De Sica

IT | 1946 | 87 min.

A apresentar na nova cópia digital restaurada em formato 4K

Roma, 1945, a guerra chegou ao fim. Duas crianças desfavorecidas, Giuseppe e Pasquale, dedicam-se ao mercado negro para concretizarem o seu sonho: comprar um cavalo. São rapidamente apanhados e enviados para uma prisão de menores, onde reina a crueldade e a violência. Testemunho direto da miséria social que inundou a Itália do pós-guerra, situando-se deliberadamente longe do cinema de estúdio e valendo-se de atores e cenários escolhidos pela sua aparente simplicidade, Sciuscià antecipa, em dois anos, o filme mais emblemático de Vittorio De Sica, Ladri di biciclette (Ladrões de Bicicletas). Se Ossessione (1943), de Luchino Visconti, é tido como o primeiro filme neorrealista italiano (apesar de ter sido proibido pela censura, tendo apenas sido mostrado depois do fim da guerra), Sciuscìa e Roma città aperta (1945) sairiam logo depois, impondo os nomes de De Sica e Rossellini como as outras duas figuras de proa desse movimento. Vários foram os críticos e historiadores que argumentaram que Aniki-Bóbó é um título precursor do neorrealismo italiano, dada a coincidência temporal, o foco no olhar infantil, o trabalho com não-atores e a preocupação em filmar uma história de pobreza em exteriores reais. No entanto, tornou-se claro, com os anos, que Aniki-Bóbó partilha mais semelhanças com movimentos estéticos como o expressionismo e o realismo poético.


Filme apresentado no âmbito da celebração do 80.º aniversário da estreia de Aniki-Bóbó, que inclui uma exposição documental no foyer do Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira* e um ciclo de conversas.

*Acessível sempre que decorram atividades no Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira.

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