ANTONI MUNTADAS
COLEÇÃO DE SERRALVES
Casa de Serralves
15 MAR - 30 JUN 2019
"Intervenções: A propósito do público e do privado" é um projeto de Antoni Muntadas especificamente concebido e produzido para a Casa de Serralves em 1992. Constituído por 21 elementos em latão, cada um contendo a designação do correspondente espaço na Casa quando habitada e a fotografia da época (quando existente), o projeto representa uma das plataformas de pesquisa de eleição do artista.
Sobre este seu projeto, Muntadas escreve na publicação editada por Serralves em 1992:
"O projeto centra-se na observação e reflexão sobre o ‘privado’ e o ‘público’, as suas respetivas funções e o modo como um lugar privado se converte em lugar público e vice-versa. (...)
É-me fácil perceber que muitas vezes o uso e a distribuição do espaço na esfera do ‘público’ recriam a organização hierárquica do ‘privado’. O ‘público’ e o ‘privado’ partilham estruturas de organização, poder e tomada de decisão aparentemente similares.
A memória do ‘privado’ a partir da identificação de lugares ou espaços através de designações (textos/imagens) deverá constituir o ponto de partida para a reflexão sobre o uso e o consumo do ‘privado’ e do ‘público’ encarados numa perspetiva cultural (uma vez assumidas as perspetivas política e social).”
Com o Projeto CEE, 1992, Muntadas procurou centrar a sua atenção na relação entre os símbolos culturais e a economia, questionando os objetivos e as proezas económicas da Comunidade Europeia. O futuro cultural de uma Europa unida, apresentado sob a forma de um tapete com 6 x 4 metros, mostra a bandeira europeia, com a representação da moeda de cada Estado-membro em cada uma das doze estrelas. Nesse ano, várias cópias do tapete foram exibidas noutros espaços públicos de cidades europeias, como Bruxelas, Dublin, Londres, Madrid, Montpellier, para além do Porto.
"O projeto centra-se na observação e reflexão sobre o ‘privado’ e o ‘público’, as suas respetivas funções e o modo como um lugar privado se converte em lugar público e vice-versa. (...)
É-me fácil perceber que muitas vezes o uso e a distribuição do espaço na esfera do ‘público’ recriam a organização hierárquica do ‘privado’. O ‘público’ e o ‘privado’ partilham estruturas de organização, poder e tomada de decisão aparentemente similares.
A memória do ‘privado’ a partir da identificação de lugares ou espaços através de designações (textos/imagens) deverá constituir o ponto de partida para a reflexão sobre o uso e o consumo do ‘privado’ e do ‘público’ encarados numa perspetiva cultural (uma vez assumidas as perspetivas política e social).”
Com o Projeto CEE, 1992, Muntadas procurou centrar a sua atenção na relação entre os símbolos culturais e a economia, questionando os objetivos e as proezas económicas da Comunidade Europeia. O futuro cultural de uma Europa unida, apresentado sob a forma de um tapete com 6 x 4 metros, mostra a bandeira europeia, com a representação da moeda de cada Estado-membro em cada uma das doze estrelas. Nesse ano, várias cópias do tapete foram exibidas noutros espaços públicos de cidades europeias, como Bruxelas, Dublin, Londres, Madrid, Montpellier, para além do Porto.