A MINHA CASA É A TUA CASA
DA COLEÇÃO EM PONTE DE LIMA
O título desta exposição corresponde à expressão com que asseguramos a alguém que a nossa hospitalidade é sincera; também institui a casa enquanto centro de uma relação entre duas ou mais pessoas - dialética que pode sintetizar a dinâmica entre artista e espectadores: as casas imaginadas por artistas serão temporariamente a nossa casa.
É, de facto, muito considerável a quantidade de artistas para quem a casa é tema e pretexto. Os artistas e as obras presentes nesta exposição colocam o doméstico e o quotidiano no centro das suas preocupações, propondo diferentes interpretações daquilo que se entende por casa.
Independentemente do ângulo adotado, a casa parece sempre encetar um jogo subtil entre o privado e o público. Talvez por isso alguns dos artistas presentes em "A Minha Casa é a Tua Casa” sublinhem a relação da casa com a rua e com a cidade, dedicando-se a pensar questões eminentemente urbanísticas.
Aos ideais utópicos e de libertação do homem que estiveram na base da arquitetura e do urbanismo modernistas, estes artistas contrapõem modelos vernaculares de ampliação de casas (as marquises) ou um território desordenado em que se mesclam organismos urbanos e rurais, outrora coerentes e estanques.
Na exposição serão apresentadas obras de: Filipa César, Pedro Cabrita Reis, Ângela Ferreira, Fernanda Fragateiro, Gordon Matta-Clark, Bruce Nauman, Martha Rosler, Miguel Ângelo Rocha, Tony Cragg, Gil Heitor Cortesão, Juan Munoz
Produção: Museu de Arte Contemporânea — Fundação de Serralves, Porto
Galeria da Imagens
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