PORTAS ABERTAS

A CASA NO CINEMA DE MANOEL DE OLIVEIRA

CASA DO CINEMA
CASA DO CINEMA
07 - 28 JUL 2019
1907 PORTAS ABERTAS A CASA NO CINEMA DE MANOEL DE OLIVEIRA

No ciclo Portas Abertas: A Casa no Cinema de Manoel de Oliveira, composto por 17 filmes, convidamos o espectador a uma visita guiada por associações amorosas e irónicas, teatrais e contabilísticas, memorialistas e historiográficas, da casa no cinema do realizador.

Seguindo o fio de Visita ou Memórias e Confissões (1982) — filme que dá o mote à exposição "Manoel de Oliveira: A Casa” — muitas são, de facto, as casas que habitam a sua obra: aquelas que dão para a rua, como em A Caixa (1994), ou que, pelo contrário, enclausuram no Convento (1995) os diabólicos dilemas da intimidade de um casal. A casa-teatro da farsa burguesa em O Passado e o Presente (1972), a casa-prisão de Benilde ou a Virgem Mãe (1975), as duas casas rivais que precipitam a tragédia em Amor de Perdição (1978) ou os desenganos românticos de Francisca (1981). As casas arruinadas que, com vista para os prósperos solares vinhateiros do Douro, atiçam a erótica social em Vale Abraão (1993) ou comportamentos incendiários em O Princípio da Incerteza (2002). A casa-palco de Mon Cas (1986), onde o cinema é compelido a enfrentar-se teatralmente a si próprio, ou a casa-túmulo de O Dia do Desespero (1992), onde o realizador teatraliza a sua identificação com Camilo Castelo Branco. A casa-ilha de Party (1996) ou a casa-mundo, asilo de alienados em A Divina Comédia (1991). A casa de onde se foge em O Gebo e a Sombra (2012) ou onde inevitavelmente se regressa em Je rentre à la maison (2001). O estranho caso dessa casa, simultaneamente origem e fim, que, a meio caminho entre recordações e ruínas, é percorrida em Porto da Minha Infância (2001).

Cenário, temática, símbolo, entidade dramática ou palco, a casa é o território onde se funda a relação entre o privado e o público, o individual e o coletivo. Um espaço que Manoel de Oliveira nos dá a ver, demonstrando que é possível habitar um filme como se habita uma casa (e sermos habitados por ela).



Acesso: Mediante aquisição de bilhete para a Casa do Cinema Manoel de Oliveira

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