R.H. QUAYTMAN
O SOL NÃO SE MOVE, CAPÍTULO 35
COMPRAR CATÁLOGO
R.
H. Quaytman emprega técnicas de reprodução mecânica e tradições da arte
conceptual para criar séries fechadas de obras divididas em capítulos. As
partes subsequentes são numeradas para marcar a passagem do tempo e o gradual
completar da vida e do projeto artístico. A artista trata todas as exposições e
pinturas apresentadas como um empreendimento criativo.
R.
H. Quaytman aborda a pintura como se fosse poesia: ao ler um poema, repara-se
em palavras específicas, apercebemo-nos de que cada palavra ganha uma
ressonância. As pinturas de Quaytman, organizadas em capítulos estruturados
como um livro, têm uma gramática, uma sintaxe e um vocabulário. Enquanto o
trabalho é delimitado por uma estrutura rígida a nível material – surgem apenas
em painéis chanfrados de contraplacado em oito tamanhos predeterminados
resultantes da proporção áurea -, o conteúdo de final aberto cria permutações
que resultam num arquivo sem fim. A prática de Quaytman envolve três modos
estilísticos distintos: serigrafias baseadas em fotografias, padrões óticos,
como moiré e tramas cintilantes, e pequenos trabalhos a óleo pintados á mão.
O
trabalho de Quaytman, apresentado pela primeira vez em Portugal, aponta para as
novas possibilidades da pintura de hoje. O que é uma pintura, um ícone? Quais
são os meios da pintura numa cultura saturada pela estimulação visual, da
fotografia à floresta digital dos signos? A pintura ainda é uma meio relevante
para partilhar a nossa história?
A exposição é coorganizada pelo
Muzeum Sztuki in Lódz, Polónia, e pela Fundação de Serralves – Museu de Arte
Contemporânea, Porto.
Comissariada por Jaroslaw
Suchan
Imagem: Courtesy
Inhotim Collection, Brazil
Conheça a exposição através da visita guiada pelo Diretor do Museu, em vídeo:
Episódio 1
Episódio 2
Episódio 3
Episódio 4
Episódio 5
Episódio 6
Galeria da Imagens
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