Ângelo de Sousa
Quase tudo o que sou capaz | Vila Real
A presente exposição reúne uma seleção de
desenhos, pinturas e esculturas de Ângelo de Sousa, uma das figuras mais
influentes da arte portuguesa da segunda metade do século XX, que sublinham a
importância da contaminação entre disciplinas para a evolução da sua prática
artística ao longo da sua carreira.
Imagem: Ângelo de Sousa, Pintura, 1967. Col. Fundação
de Serralves – Museu de Arte Contemporânea, Porto. Aquisição em 2002. Foto:
Filipe Braga, Fundação de Serralves
Uma das figuras mais
influentes da arte portuguesa da segunda metade do século XX, Ângelo de Sousa
(Lourenço Marques, Moçambique, 1938‒2011, Porto) é também um dos artistas mais bem representados na Coleção de Serralves, com trabalhos realizados entre os anos
1961 e 2002, e que abarcam todos os meios artísticos a que o artista se dedicou ao longo da sua prolífica carreira:
desenho, pintura, escultura, instalação, filme e fotografia.
“Ângelo de Sousa: Quase tudo
o que sou capaz” reúne uma seleção de desenhos, pinturas e esculturas do
artista que sublinham a importância da contaminação entre disciplinas para a
evolução da sua prática artística ao longo da sua carreira. A presente exposição
refuta a imagem dominante do pintor Ângelo, demostrando que o desenho e a
escultura são não apenas facetas fundamentais da sua obra como aquelas em que
porventura é mais evidente o espírito experimentalista da sua obra.
Caracterizados por uma
aparente simplicidade — o artista tenta obter, nas suas palavras, "o
máximo de efeitos com o mínimo de recursos, o máximo de eficácia com o mínimo
de esforço, e o máximo de presença com o mínimo de gritos” —, os desenhos,
pinturas e esculturas de Ângelo de Sousa não ilustram conceitos, nunca partem
de ideias, mas da ânsia de fazer e pensar com as mãos. A exposição sublinha
esta vontade de trabalhar com elementos simples, ao apresentar algumas das
primeiras obras de Ângelo de Sousa, ainda figurativas mas apontando já para a
depuração que viria a caracterizar o artista, lado a lado com os exercícios
abstrato-geométricos que o impuseram como um dos maiores estudiosos da cor e da
luz.
“Ângelo de Sousa: Quase tudo
o que sou capaz” integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de
Serralves que tem por objetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos
diversificados de todas as regiões do país.