Sementes selvagens
Rivane Neuenschwander
Imagem: EU SOU UMA ARARA, Rivane Neuenschwander e Mariana Lacerda (C) Eduardo Ortega
A exposição, a primeira individual da artista em Portugal, está organizada em torno do seu mais recente filme – Eu sou uma arara (2022) – que terá a sua estreia inédita em Serralves.
Realizada em parceria com a cineasta Mariana Lacerda, a média-metragem propõe uma reflexão crítica sobre o impacto do desmatamento da Amazónia para os povos indígenas num momento de tensão política e social.
Este trabalho é também o resultado de um longo período de pesquisa e de uma série de ações em São Paulo que fizeram desfilar pelas ruas da cidade, como uma floresta densa e potente, dezenas de figuras inspiradas na fauna e flora brasileiras.
Herdeira do legado histórico dos movimentos de vanguarda do pós-guerra, do neoconcretismo à tropicália, Rivane Neuenschwander (n. 1967) é um dos nomes mais conceituados da arte contemporânea brasileira. No seu trabalho, a artista combina diversos meios e suportes para construir um repertório visual único que explora narrativas sobre uma grande diversidade de temas, entre os quais, a linguagem e o tempo, a literatura e a cultura popular, a psicanálise e a arte, a natureza e a sociedade, a política e a filosofia, o medo e o desejo. Uma das suas obras mais icónicas, Eu desejo o seu desejo (2003), composta por uma coletânea de desejos que lembram as pulseiras do Senhor do Bonfim, será instalada na Capela da Casa de Serralves.
Curadoria de Inês Grosso, Curadora Chefe do Museu de Arte Contemporânea.
Galeria da Imagens
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