Filipa César
BREVEMENTE

Filipa César (Porto, 1975) desenvolve uma prática multidisciplinar que habita o território entre o cinema e as artes visuais. O seu trabalho explora os aspetos ficcionais do documentário e as políticas e poéticas da imagem em movimento, questionando as fronteiras entre realidade e representação. Integrada numa geração que utiliza o vídeo como ferramenta de registo e de expressão, César constrói narrativas deliberadamente ambíguas, onde a perceção se torna um campo de investigação estética e política.
Desde 2011, a artista dedica-se à investigação do cinema militante da Guiné-Bissau através do projeto coletivo Luta ca caba inda (A luta ainda não acabou), que examina o legado visual e político desse movimento. Este trabalho afirma-se como uma plataforma crítica sobre o passado colonial português e as suas reverberações contemporâneas, consolidando Filipa César como uma das vozes mais relevantes na reflexão pós-colonial em Portugal.
A exposição — a sua primeira grande antologia — marca o regresso da artista ao Museu de Serralves e apresenta um percurso abrangente da sua obra, funcionando também como ponto de partida para uma retrospetiva dedicada ao seu trabalho fílmico.
Mecenas da Exposição
