PEDRO TUDELA & JORGE PINHEIRO — ECOS, RASTOS, RITMOS
Galeria Solar da Porta dos Figos — Casa do Artista, Lamego

Pedro Tudela, Sem título (da série >e(c(o<), 2019. Col. Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, Porto. Aquisição em 2020. Fotografia: Filipe Braga
Inauguração: 27 de junho às 18:00
A exposição ecos, rastos, ritmos estabelece um diálogo entre o trabalho de Jorge Pinheiro (Coimbra, 1931) e Pedro Tudela (Viseu, 1962), artistas de diferentes gerações com linguagens plásticas muito distintas que se tocam em pontos-chave. Reunindo pintura, desenho, escultura e instalação sonora, a exposição explora relações de circularidade e reciprocidade, encadeamento e contraste entre as práticas dos dois artistas, revelando como materializam o som e o silêncio enquanto ponto e linha, objeto e conceito, tempo e espaço.
Concebida em colaboração com os artistas, a exposição apresenta obras de Jorge Pinheiro da década de 1970 em diálogo com trabalhos de Pedro Tudela do final dos anos 1990 até à atualidade. Partindo de estruturas compositivas baseadas em modulações geométricas e sonoras e em notações gráficas e musicais que permeiam a prática dos dois artistas, som e desenho desenvolvem-se a par e par, enquanto formas de ação e comunicação.
Ao longo de uma carreira de mais de cinco décadas, Jorge Pinheiro tem vindo a desenvolver um corpo de trabalho visualmente diverso de notável rigor teórico e formal, onde coexistem a pintura figurativa e a abstração geométrica. A exposição apresenta trabalhos de Pinheiro de índole abstrata que revelam o vocabulário compositivo fundador de toda a sua obra e o seu interesse pela música e pela lógica.
Iniciando o seu percurso pela pintura na década de 1980, Pedro Tudela tem desenvolvido uma prática multidisciplinar que combina desenho, escultura, fotografia, instalação, som, vídeo, performance e música eletrónica experimental.
A sua prática é marcada por um incessante impulso de ação, uma forte sensibilidade espacial e uma relação franca com o corpo, que surge subtilmente invocado através de um gesto, de um som, desenho ou objeto.
Esta exposição, com curadoria de Joana Valsassina, integra o Programa de Exposições Itinerantes da Coleção de Serralves que tem por objetivo tornar o acervo da Fundação acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.
Produção: Fundação de Serralves — Museu de Arte Contemporânea, Porto